Introdução: o trabalho do enfermeiro no processo de cuidado de pacientes em sofrimento mental deve estar associado aos pressupostos das diretrizes do modelo antimanicomial. No entanto sua atuação ainda enfrenta percalços mesmo 20 anos depois da criação de uma política específica. Objetivo: analisar como os enfermeiros da estratégia de saúde da família de um distrito sanitário da capital de Pernambuco percebem o acolhimento e a atenção em saúde mental na atenção básica. Método: estudo descritivo, transversal, de natureza qualitativa. Participaram da pesquisa oito enfermeiras lotadas em unidades básicas de saúde, a coleta de dados se deu através da aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturado sendo analisados através do discurso do sujeito coletivo. Considerouse que os indivíduos, seres sociais por natureza, compartilham ideias, crenças, valores, representações e sentidos. Resultados: obteve-se um panorama discursivo que traz significados sobre a atenção em saúde mental e o acolhimento dos usuários apontando lacunas importantes para a efetivação do cuidado integral e resolutivo dos usuários. Conclusão: desafios na formação dos profissionais, fragmentação da rede, e modelo de atenção médico hegemônico são apontados como nós críticos a serem superados para a instauração de um acolhimento e uma atenção à saúde amplo, democrático e inclusivo.