O exercício da docência é permeado por condições de trabalho adversas, baixos salários, insuficiência de recursos materiais e didáticos, salas numerosas, tensão no relacionamento com os alunos, carga horária de trabalho excessiva, inexpressiva participação no planejamento da instituição e nas políticas institucionais e falta de segurança no ambiente escolar. O presente estudo teve por objetivo comparar a presença de indicadores de burnout em três grupos de professores que atuam no primeiro ciclo do Ensino Fundamental: a) 20 no ensino regular, em turmas sem a inserção de alunos com necessidades educacionais especiais - RSI; b) 20 no ensino regular, em turmas com a inserção de alunos com necessidades educacionais especiais - RCI; c) 20 em salas de recursos - SR. Para a coleta, foi utilizado o Maslach Burnout Inventory -MBI. Na análise de dados, empregou-se o SPSS, versão 13.0, e o Teste de Kruskal-Wallis para comparação dos grupos. Os resultados, que foram organizados em forma de Figuras e Tabelas, revelam que, de maneira geral, os grupos apresentaram relativa similaridade. Entretanto, algumas diferenças foram encontradas. O grupo de professores SR obteve os melhores resultados na avaliação das três escalas do burnout, quando comparado com RSI e RCI, ou seja, com predominância de respostas nos níveis mais baixos de exaustão emocional, altos na diminuição da realização pessoal e baixos para despersonalização. Espera-se que os dados expostos contribuam para a compreensão do burnout em professores do ensino regular com e sem inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, e/ou suscitem novos encaminhamentos de pesquisas.