“…Nessa direção, é primordial que a experiência dos sujeitos negros e populareslonge de ser a resposta única para a construção de um horizonte democráticopossa ser incluída nas narrativas que participam da construção do conhecimento e das dinâmicas institucionais; inclusive em áreas e campos do conhecimento fora dos já, historicamente, possíveis aos negros; como as licenciaturas e os cursos noturnos, por exemplo (BELTRÃO;TEIXEIRA, 2004). Dessa forma, a proposta dos universitários negros de classe média, aqui levantada, não é abandonar a pesquisa ocidental ou (quase) tudo o que se produziu nos últimos séculos; mas, sobretudo, rever aqueles conceitos, motivos e ideias do cânone que são sustentáculo aos modelos de conhecimento que tentam disfarçar suas ideias discriminatórias por meio de discursos de objetividade e neutralidade científicas (BOURDIEU, 2003;OLIVEIRA, 2014;BERNARDINO-COSTA;GROSFOGUEL, 2016).…”