Este artigo compõe uma série de estudos teóricos que aproximam alguns filmes da obra Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês; neste texto, será apresentada uma análise do filme Eu, Daniel Blake, tomado como representativo do capítulo Trabalho, da referida obra. O artigo tem, por objetivos, estabelecer uma conexão entre a linguagem cinematográfica e os estudos do sociólogo, além de advogar pelo uso de obras cinematográficas em aulas de diferentes cursos e níveis, visando à experiência estética enquanto possibilidade formadora do ser no mundo. Como metodologia de análise do filme, foram utilizadas as análises textual e de conteúdo, por meio de fotogramas escolhidos. Como resultado da análise, percebe-se que o filme pode ser tomado como uma metáfora do capítulo Trabalho, o que facilita sua compreensão teórica, quando aborda questões como o trabalho informal e as pessoas que se veem alijadas para fora do mundo do trabalho e dos sistemas de proteção do Estado.