As situações de conflito do indivíduo com as suas experiências laborativas, como estímulo à competição, cobrança de prazos rigorosos, baixa remuneração e sobrecarga de trabalho, podem levar ao risco de sofrimento psíquico. Neste sentido, observa-se que os docentes sofrem diversas exigências que podem interferir em seu processo de trabalho, graças as adversidades da rotina escolar que afetam diretamente sua saúde mental. A pesquisa buscou compreender as influências da atuação no ensino fundamental na saúde mental do professor. Fizeram parte do estudo 10 professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de escolas municipais de Niterói/RJ. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi obtida com base na análise de conteúdo de Bardin. Os resultados evidenciaram que a profissão docente e o cotidiano escolar, apresentam características que podem afetar diretamente o bem-estar e influenciar a saúde mental deste trabalhador, desencadeando sofrimento psíquico como: estresse, cansaço, fadiga, angústia e desespero. Demonstrou-se, ainda, que as interferências da falta da participação familiar no desenvolvimento humano e escolar dos alunos, influenciam diretamente a dinâmica escolar. Torna-se importante elaborar estratégias de promoção e prevenção da saúde mental, pois esse fenômeno pode afetar o bem-estar docente, gerando casos de absenteísmos e afastamentos do trabalho.