O Brasil, nos últimos anos, ampliou sua produção agroindustrial, aumentando, consequentemente, a quantidade de resíduos produzidos. Uma alternativa para seu aproveitamento é a transformação destes subprodutos por secagem, já que produtos desidratados têm se destacado pela forma prática de comercialização. Uma forma de empregar esses resíduos após a sua desidratação é a incorporação dos mesmos sob forma de pós, em produtos alimentícios. Diante do exposto, objetivou-se estudar os resíduos desidratados de manga (RDM), de goiaba (RDG) e de acerola (RDA), obtidos por meio de secagem convectiva (55ºC/48h). Foram avaliadas as características físico-químicas (aw, umidade, sólidos totais, cinzas, acidez total, acidez expressa em ácido cítrico, pH, sólidos solúveis, composição centesimal e valor calórico), colorimétricas, propriedades funcionais e qualidade higiênico-sanitária dos resíduos desidratados. RDM destacou-se em relação ao teor de sólidos solúveis (51,65 ºBrix). RDG apresentou maiores teores de sólidos totais (93,91%), pH (4,23%) e lipídios (7,15%) em relação aos demais. RDA apresentou maior acidez total (10,79%), acidez em ácido cítrico (6,91%), cinzas (3,28%) e proteínas (15,40%). RDM e RDG apresentaram maior quantidade de carboidratos presentes, no entanto, RDG contém maior valor calórico (402,91 Kcal). Quanto à análise colorimétrica, RDG apresentou melhor coloração. Em relação às propriedades funcionais, RDA destacou-se quanto aos compostos fenólicos, à atividade antioxidante e à vitamina C, enquanto que RDG destacou-se quanto ao teor de carotenoides. Quanto aos parâmetros microbiológicos, todos os resíduos desidratados atenderam ao determinado pela legislação. Os resíduos de frutas tropicais desidratados podem ser aplicados em produtos alimentícios, pelas suas propriedades funcionais e nutricionais.