O quiabo (Abelmoschus esculentus (L.) Moench), originário da Áfri-ca, pertencente à família Malvaceae é tradicionalmente cultivado em regiões tropicais. O cultivo dessa hortaliça é bastante difundido na região nordeste do Brasil, por possuir um clima bastante favorável para o seu desenvolvimento (SILVA, 2004).A comercialização de quiabo é feita, geralmente utilizando-se frutos in natura. Alguns trabalhos têm sido realizados de forma a desenvolver processos de secagem e determinar as propriedades físicas do quiabo (ADOM et al., 1996;AKAR;AYDIN, 2005 (2004), são tecidos vegetais que foram danificados de maneira proposital e que devem ser mantidos na forma fresca e com qualidade por períodos prolongados de tempo, pois esse processo acarreta vá-rias alterações físicas e fisiológicas que afetam a viabilidade e a qualidade dos produtos.Vários aspectos devem ser considerados quando se trabalha com produtos minimamente processados. Os processos metabólicos relacionados aos estresses sofridos pelos tecidos vegetais como a indução do metabolismo de compostos fenólicos, o escurecimento enzimático e a formação de anaerobiose conduzem, na maioria das vezes, a alterações sensoriais importantes (MORETTI, 2004).Cantwell (1992) e Vitti et al. (2003) citam que a injúria mecânica causada pelo corte ou descascamento é um dos maiores obstáculos para a conservação dos produtos minimamente processados, apresentando aumento da taxa respiratória na ordem de 3 a 5 vezes, quando comparado aos órgãos intactos. Assim, o armazenamento do produto em baixas temperaturas torna-se imprescindí-vel, desde o preparo até a comercialização, visando a redução da respiração e preservação da qualidade e da vida de prateleira do produto pré-processado (VITTI et al., 2003).A utilização de embalagens e de temperaturas adequadas pode manter o pro- RESUMOEste trabalho teve como objetivo estabelecer um fluxograma operacional para o processamento mínimo de quiabo, produto muito consumido e produzido em diversos estados brasileiros. Para isso, foram avaliados dois modelos de fluxograma. Os procedimentos ideais para cada etapa do processamento mínimo foram determinados utilizando os seguintes parâmetros: tipos de corte, concentração do sanitizante, enxágüe (tratamento com ácido), tempo de centrifugação e tipo de embalagem (PEAD a vácuo e bandejas de poliestireno recobertas com filme de PVC, armazenadas em câmara fria (5±2ºC) por oito dias). Com base na análise sensorial, quiabo cortado em rodelas com aproximadamente 2 cm de espessura mostrou-se o mais aceito. Dentre as concentrações de sanitizantes avaliadas, o tratamento com concentrações de 100 mg L -1 de cloro ativo durante 10 minutos, mostrou eficiência significativa na redução de coliformes totais, aeróbios mesófilos e fungos e leveduras. A utilização do ácido cítrico (1%) durante o enxágüe mostrou-se eficiente na retirada da mucilagem do produto e verificou-se ainda que o tempo para centrifugação de quiabo deve ser de 10 minutos. A embalagem de PEAD a vácuo foi a que melhor preservou a qualidade dos produt...
A utilização de resíduos sólidos orgânicos, como cascas de mangas, na elaboração de farinhas é uma alternativa que contribui com a redução do impacto dos resíduos no meio ambiente. Além disso, reduz o desperdício, aproveitando todas as partes dos alimentos ricas em nutrientes. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos das temperaturas de secagem na conservação de minerais das farinhas de cascas de mangas Tommy Atkins. As mangas foram oriundas do descarte da Central de Abastecimento de Aracaju. As cascas destas frutas foram desidratadas em secador de bandejas nas temperaturas de 60 o e 70 o C, trituradas e armazenadas até o início das análises. Calculou-se o rendimento das amostras nas duas temperaturas estudadas. Nas amostras in natura e desidratadas analisou-se os minerais (Ca, Mg, P, K, Fe e Na). As análises microbiológicas (Coliformes termotolerantes, Salmonellas sp., Bacillus cereus, bolores e leveduras) foram realizadas nas amostras desidratadas a 60º e 70 o C. A farinha de casca de manga obtida por desidratação a 60 o C obteve uma melhor conservação de cálcio, magnésio, fósforo e potássio, além de favorecer um menor consumo de energia quando comparada a farinha de casca de manga obtida por desidratação a 70 o C. Não houve contaminação em nenhuma amostra desidratada nas duas temperaturas analisadas.
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