Objetivo: Esta pesquisa objetivou apurar a eficiência dos gastos com saúde pública dos estados brasileiros e do Distrito Federal.
Método: Classificada como quantitativa e descritiva, a pesquisa buscou segmentar os estados em clusters, calcular a eficiência no âmbito de cada cluster e comparar os resultados da eficiência com e sem os clusters, no período compreendido entre 2015 e 2018. Para calcular os escores de eficiência das 27 unidades da Federação, foi utilizada a Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA) com os modelos Retorno Constante de Escala e Retorno Variável de Escala, orientado ao output.
Originalidade/Relevância: A segregação em cluster é o diferencial da pesquisa de Andrett et al. (2018), que também analisou a eficiência nos gastos públicos nos estados. Há pouca abordagem acerca da criação de critérios para o agrupamento, nos estados, a respeito da saúde pública no Brasil.
Resultados: Os resultados mostraram que os estados de Minas Gerais, Maranhão e São Paulo obtiveram os escores de eficiência igual a 1, agrupados ou não pelos clusters, e que, nos demais estados, ao menos em um período, a segregação por clusters alterou os escores de eficiência, o que sugere a existência de problemas quanto à gestão de gastos públicos com saúde e, portanto, a necessidade de melhorar a qualidade dos serviços e de maximizar os recursos com saúde pública.
Contribuições teóricas/metodológicas: Esta pesquisa contribui, de maneira prática, não apenas no ambiente acadêmico, mas também na tomada de decisão dos gestores públicos com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços com saúde, utilizando-se das técnicas de cluster para avaliação desses gastos.