Nas últimas décadas, importantes esforços de superação das trincheiras disciplinares têm sido implementados em diferentes áreas do conhecimento, como são os casos da Geografia, dos estudos do trabalho e das ciências da saúde. Nesse contexto, o presente artigo objetiva ressaltar a dimensão espacial da saúde do trabalhador, propondo uma abordagem de viés dialético-materialista centrada no conceito de território e focada para revelar traços invisibilizados da dominação e da exploração capitalista e de seu corolário, a precarização e a degradação do trabalho, em distintos lugares e setores da atividade laboral. Em termos metodológicos, recorremos, fundamentalmente, à revisão bibliográfica em diferentes fontes e áreas do conhecimento, com destaque para a Geografia e a Saúde do Trabalhador.