Introdução: A profissão docente é considerada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma das mais estressantes. Estudos envolvendo estresse no trabalho dos professores têm sido crescentes e essa tendência de pesquisas envolvendo o tema deve continuar, uma vez que o estresse ocupacional provoca um impacto negativo na saúde e consequentemente no funcionamento das instituições. Entre os fatores que geram doenças em decorrência do estresse ocupacional estão sobrecarga de trabalho, altos níveis de ansiedade e baixa qualidade de vida. Objetivo: avaliar o nível de estresse ocupacional, atividade física e características biossociais entre os professores de uma escola estadual de ensino fundamental e médio, do interior do Rio Grande do Sul. Métodos: estudo transversal, quantitativo-descritivo, utilizando três questionários de autopreenchimento: um biossocial, a escala de estresse no trabalho (EET) e para os níveis de atividade física o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ versão curta, inicialmente proposto pela OMS no ano de 1998, e traduzido e validado no Brasil em 2001 por Matsudo et al.. Os dados foram analisados empregando estatística descritiva. Resultados: houve predomínio (72%) de professores do gênero feminino, média de idade de 45,44 anos, casados (50,94 %) que lecionava dois turnos na escola (39,62 %). Em relação escolaridade dois terços (66,04) possuiam um curso de pós-graduação e 33,96% só graduação. A maioria (75,47 %) ganhou peso, média foi de 6,80 Kg; porém a maioria (54,72 %) afirmou não ter sido o estresse o responsável. A maioria (60,38 %) trabalha na sua melhor disposição, 100% gostam de trabalhar nesta escola, mas 13,21% têm intenção de deixar a escola, e 15,09 % de deixar a profissão de professor. 54,72 % dos professores tiraram licenças saúde. Conclusão: a maioria dos professores participantes deste estudo apresentaram médio nível de estresse e o restante apresentou baixo nível.