As dermatofitoses têm alta prevalência, afetando crianças e adultos, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Os estudos epidemiológicos vêm demonstrando os gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton como os mais comuns que afetam cerca de 20% da população mundial. Este estudo objetivou analisar o panorama de dermatofitoses no Estado de Sergipe, entre os anos de 2014 a 2017. Para isso, realizou-se um estudo documental, descritivo transversal e prospectivo de detecção dos casos dermatófitos no Estado de Sergipe, diagnósticos micológicos por município de residência, sexo e locais anatômicos, disponibilizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (LACEN) no período de 2014 a 2017. Os resultados das análises mostraram que dentre os 1386 exames micológicos, o número de pacientes do sexo feminino se apresentou significativamente maior em relação ao sexo masculino, no entanto os casos masculinos positivos para dermatofitose foi maior, 51,4%, bem como, a faixa etária entre 0-5 e 6-10 anos obtiveram os maiores resultados (18,04% e 17,07%). Na verificação dos municípios de residência dos pacientes estudados, nota-se uma relevância para o município de Aracaju. Quanto aos locais de infecção, houve predominância do couro cabeludo (20,73%), seguido dos membros inferiores (23,90%) e unhas (15,60%). Diante do exposto, percebe-se que tais resultados mostraram-se relevantes, pois o panorama dessa doença de notificação não compulsória nos municípios do Estado de Sergipe apresentou-se elevadas, enfatizando a necessidade de intervenções que propiciem melhorias na saúde pública e no campo social, sobretudo, por meio da adoção de medidas preventivas e de controle higiênico-sanitário.