Estudo de mercado sobre o uso de biomassa para queima no Estado de São Paulo, Brasil

Abstract

A utilização de biomassa como fonte de energia renovável é uma das características marcantes da matriz energética brasileira. O aproveitamento energético da biomassa agrícola e florestal é uma forma de diminuir custos de produção, aproveitar os resíduos e diminuir o uso de combustíveis fósseis. O objetivo deste trabalho foi analisar o mercado de biomassa no Estado de São Paulo a fim de definir quais materiais possuem mais fornecedores e quais possuem propriedades consideradas favoráveis para queima. Para isso, foram levantadas informações sobre a localização dos fornecedores e foi feita a caracterização energética das biomassas analisadas: briquete, cavaco, serragem, lenha e madeira de eucalipto, cavaco de pinus, bagaço de cana, carvão vegetal e casca de arroz. Os dados referentes ao número de fornecedores foram obtidos, por mesorregiões, em um website de compra e venda de biomassas. Em relação à quantidade produzida, demandada e propriedades energéticas das biomassas analisadas, os dados foram obtidos em relatórios e artigos científicos. Os resultados obtidos mostraram que existem mais fornecedores de lenha, cavaco e floresta de eucalipto. Em relação à oferta, os materiais que possuem maior produção no estado são o bagaço de cana, a floresta e a lenha de eucalipto. Em relação à demanda das biomassas analisadas, foi observado que são mais utilizadas para produção de energia nas indústrias de papel e celulose, siderurgia, beneficiamento de arroz, cerâmica, moveleira, alimentos e bebidas. Conclui-se que os materiais que possuem maior disponibilidade de fornecedores, alta produção e são favoráveis para queima são: o cavaco de eucalipto, a lenha e a floresta em pé de eucalipto.

Análise do uso de combustível sólido para uso doméstico

“…que duram até os dias atuais (Brito, 2007), de modo que esta é responsável por suprir a demanda energética de aproximadamente 2,4 milhões de pessoas de vários países do mundo (Specht, 2012). A mesma autora ainda cita que, no Brasil, a lenha representa a segunda matriz energética do setor residencial e que seu uso é realidade bastante presente em áreas rurais (Areias et al, 2020a).…”