RESUMO:A atenção e a memória de trabalho são funções cognitivas básicas humanas. Uma resposta comportamental adequada, face a um ambiente em constante mudança, depende da integridade destas funções. Quando estas funções estão comprometidas, a aplicação de ambientes de realidade virtual (ARV) pode ser uma técnica valida para avaliação e reabilitação dessas capacidades. No entanto, a maioria dos ARV regista medidas indiretas para fazer inferências sobre os processos atencionais e mnésicos (e.g., tempo para a conclusão da tarefa, taxa de erros). O eye tracking (ET) pode contornar algumas limitações das medidas comportamentais, visto permitir avaliar onde ocorre foco atencional e como se desloca. Foram registados os movimentos oculares de 39 estudantes universitários (25 mulheres; n= 64%), com 1 média de idades de 29,8 anos (DP = 12,2) durante duas tarefas de pesquisa visual comparativa aleatórias, fazendo parte de um conjunto de tarefas cognitivas da Systemic Lisbon Battery (SLB), uma ARV concebida para avaliar défices cognitivos. A duração total da fixação ocular, o número de visitas nas áreas de interesse, bem como o tempo total de execução variariam em função dos grupos com diferentes scores no Mini Mental State Examination (MMSE). Os resultados mostram que a aplicação destas tarefas, presentes na SLB, quando combinadas com ET, é um método confiável e não intrusivo para avaliar capacidades cognitivas em indivíduos saudáveis ecom potencial uso em amostras clínicas. Palavras-chave: Eye tracking, movimentos oculares, atenção, memória, capacidades cognitivas, realidade virtual, Systemic Lisbon Battery ____________________________________________________________________________
THE USE OF EYE TRACKING IN NON-IMMERSIVE VIRTUAL REALITY FOR COGNITIVE ASSESSMENTABSTRACT: Attention and working memory are basic human cognitive abilities. An adequate behavioral response, due to constant changes in the environment, depends on the integrity of these abilities. When these cognitive functions are impaired, the use of virtual reality applications (VRAs) can be a reliable technique for assessing and rehabilitating these cognitive processes. However, most VRAs use indirect measures to make inferences about visual attention and mnesic processes (e.g., time to task completion, error rate). The eye tracking (ET)can offer a better alternative to probe more directly where and how attention is deployed. The eye movements of 39 healthy participants (25 Female; n= 64%), with an age average of 29,8 years old (SD= 12.2), were continuously recorded while two comparative visual search