Fair trade in Brazil: current status, constraints and opportunities

Abstract

F air trade has expanded worldwide as a formal certification, while in developing countries like Brazil, there is still a lack of information about this concept in a context of the growth of social businesses. To answer the research question "How is fair trade currently organized in Brazil and what are the constrains and opportunities involved?", we analyzed a database of 277 Brazilian organizations linked to fair trade, followed by in-depth interviews with Brazilian experts. Results show that fair trade has grown between 2005 and 2012 due to the support of institutions and public agencies, even if organizations still face financial difficulties. As it has grown as a public policy, its development has strengthened the concept and the groups involved, providing a good perspective for the internal market. Fair trade has a social role and a political nature, what might attract the attention of policy makers regarding social programs and the support of fair trade organizations. ResumoA inda são escassas as informações sobre comércio justo no Brasil, em um contexto de crescimento dos negócios sociais e da certificação internacional. Para responder à pergunta de pesquisa "Como é organizado o comércio justo no Brasil e quais são os gargalos e oportunidades envolvidas?", analisamos uma base de dados de 277 organizações brasileiras ligadas ao comércio justo e realizamos entrevistas em profundidade com especialistas. Os resultados mostram que o comércio justo cresceu entre 2005 e 2012 em virtude do apoio de instituições e agências públicas, mesmo que as organizações ainda enfrentem dificuldades financeiras. Uma vez que o comércio justo cresceu como uma política pública, seu desenvolvimento reforçou o conceito e os grupos envolvidos, proporcionando uma boa perspectiva para o mercado interno. O comércio justo tem um papel social e natureza política, o que pode chamar a atenção dos formuladores de políticas sobre programas sociais e o apoio de organizações de comércio justo.

Comércio justo: um panorama da produção científica brasileira

“…Tal dado revela que o campo ainda tem muita necessidade de ser pesquisado, para tornar mais explícita suas distintas formas de implementação. Como apontado por Bossle et al (2017), temáticas ainda não exploradas demandam esse tipo de estudo, pois poucos abordam as estruturas das organizações que fazem parte do sistema Fairtrade, e pouco se conhece a respeito dos seus respectivos meios para melhoria de performance. Entre essas temáticas, destaca-se aqui a carência de estudos voltados para o comportamento do consumidor, como apontado pelo baixo índice de publicações nessa categoria.…”

Knowledge and understanding of sustainability labels in Brazil

“…Despite the existence of several sustainability labels and the greater engagement of different levels of society with sustainable consumption (Barbosa et al, 2014), Brazilian study on the theme is still incipient and sparse. Several authors have focused on investigating consumer comprehension and/or support of the existing schemes (Coltro and Kruglianskas, 2006;Deus et al, 2010;Gomes and Júnior, 2016;Hamza and Dalmarco, 2012;Kohlrausch et al, 2004;Rodrigues et al, 2016), while some research was done on the operation and/or the impact of specific schemes, such as by the FSC or ISO (Consoni, 2017;Pinto and Granja, 2013), civil construction labels (Grünberg et al, 2014;Peinado et al, 2014) and Fair Trade (Bossle et al, 2017;Franca et al, 2016;Salguero and Claro, 2015;Silva-Filho and Cantalice, 2011).…”

COMÉRCIO JUSTO E HIBRIDISMO ORGANIZACIONAL: Refletindo sobre o arranjo organizacional das cooperativas certificadas pelo Fairtrade

“…As organizações de produtores de café Fairtrade, se inserem em uma ampla rede de atores como negociantes nacionais e exportadores (conhecidos como traders), fortemente dependentes das demandas e padrões de produção ditos pelo mercado e, de gestores públicos que investem em projetos das organizações. Os interesses particulares desses atores podem impulsionar a criação de arranjos organizacionais específicos para atender a diferentes demandas, criando formatos muito particulares em cada organização (BOSSLE et al, 2017;MIRANDA;SAES, 2012).…”