“…E, no livro Fazer o Bem faz Bem, uma jornalista relata várias experiências de ações sociais, voluntárias e solidárias, desenvolvidas recentemente pelo terceiro setor nas quais são sublinhados exemplos de indivíduos que, apesar de bem sucedidos, só conseguiram realização pessoal plena quando passaram a se dedicar voluntariamente ao próximo, ou a uma comunidade. Na mesma direção, há exemplos de pessoas de classe média, principalmente donas de casa, que encontraram um novo sentido para a vida através do trabalho voluntário (ver Gouveia, 2001). Por essa lente pode-se perceber que a força adquirida pelo discurso da participação solidária se deve também, em alguma medida, por promover apelos que encontram ressonância nos desejos, interesses e sentimentos que, nutridos por indivíduos, compõem o "caldeirão" cultural da sociedade contemporânea.…”