Para a mulher, as intervenções cirúrgicas ginecológicas revestem-se de aspectos peculiares, tendo impactos negativos a diferentes níveis, desde físico até emocionais. No que tange a imagem corporal, entre outras complicações, após o procedimento encontra-se distensão abdominal, ganho de peso e aumento do risco de sobrepeso e obesidade. Este estudo objetivou identificar a relação entre a remoção cirúrgica do útero e o aumento de peso nas mulheres histerectomizadas. Trata-se de um estudo descritivo, observacional, realizado no período de março a junho de 2018, no qual mulheres histerectomizadas presentes numa instituição filantrópica que presta serviços na área de saúde da mulher, na cidade de Aracaju, Sergipe, foram submetidas a uma entrevista que questiona sobre alterações no peso e na imagem corporal após o procedimento. Posteriormente todos os dados foram transferidos para uma planilha no Microsoft Excel para análise estatística. Evidenciou-se que 77% (n=43) das 56 participantes negaram o reconhecimento de modificações negativas após a realização da histerectomia. Em relação ao provável aumento de peso após a cirurgia, 50% (n=28) afirmou haver um aumento significativo no seu peso, no entanto, 46% (n=26) das entrevistadas não relacionaram a remoção cirúrgica do útero com alterações no peso.