RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar os benefícios da abordagem fisioterapêutica da IU em idosos em uma unidade básica de saúde (UBS) de Belém (PA). Trata-se de uma proposta para treinamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) em 10 encontros semanais com atividades progressivas. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, e excluídos os indivíduos com prejuízo cognitivo, instabilidade hemodinâmica e mobilidade impossibilitada, além dos idosos com participação inferior a 50% dos encontros. Foi realizada avaliação por meio de dados sociodemográficos e clínicos, e da QV, por meio do King’s Health Questionaire (KHQ), que foi reaplicado ao final dos encontros. A amostra inicial contou com 10 idosos, com idade de 70,3±5,01 anos, sendo 80% do sexo feminino, 80% dos idosos relataram cirurgias pélvicas prévias, prolapsos em 3 idosos, destes, 2 eram de bexiga. Os domínios do KHQ com escores mais altos, e consequente pior QV, foram impacto da IU (54,1±24,8), percepção de saúde (43,7±11,5) e medidas de gravidade (31,2±23,8). Houve significância estatística em vários domínios da QV dos idosos submetidos a abordagem fisioterapêutica, demonstrando que, mesmo em um nível mais baixo de atenção à saúde é possível ter efeitos relevantes sobre a IU e a QV desse público.