Visto os altos índices de endividamento, desconhecimento e atitudes inadequadas remetem a necessidade de ampliar as discussões sobre educação financeira. O presente estudo tem o objetivo de analisar o conhecimento e atitudes financeiras na ótica dos estudantes do ensino médio quanto a sua educação financeira. Foram coletadas 616 respostas por meio de um questionário aplicado aos alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas situadas no interior dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Utilizou-se o Excel e software SPSS para o tratamento estatístico dos dados coletados. Na análise dos dados adotou-se a média para os resultados descritivos e no intuito de identificar diferenças entre os aspectos individuais, demográficos e de socialização sobre a educação financeira, foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis e qui-quadrado. Os achados revelam que os estudantes: priorizam gastar mais com itens de menor relevância (presentes, computador, eletrônicos, livros e celular), costumam conversar com familiares assuntos relacionados a estudos e carreiras, mas tendem a achar menos importante os gastos com estudos. Os resultados também apontam que a variável ‘como decido o que fazer com meu dinheiro’ é significativa em relação ao gênero, período de estudo, estado civil e ganhos financeiros. Os achados sugerem que há ausência de uma formação curricular. Diante disso, é importante o parecer do Conselho Nacional de Educação, homologado pelo MEC, que diz que as escolas devem estar adaptadas, já em 2020, para a implementação do ensino sobre finanças. De acordo com as determinações da Base Nacional Comum Curricular (2018).