2015
DOI: 10.1590/0104-87752015000200004
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Historiografia, nação e os regimes de autonomia na vida letrada no Império do Brasil

Abstract: Este artigo analisa o surgimento e a evolução de dois regimes de autonomia intelectual no Brasil da primeira metade do século XIX. A análise concentra-se no crescente desejo por história dessa sociedade, e de como esse desejo complexificou e colocou novas exigências ao historiador e sua escrita. Argumenta-se para a existência de dois regimes de autonomia intelectual relacionados a modos distintos de produção do discurso histórico. De um lado, um modo compilatório, que atende a demanda social por sínteses pragm… Show more

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“…Valdei Araujo em artigo recente aborda através da categoria de "regimes de autonomia" a existência e dinâmica de experiências historiográficas relacionadas a modos distintos de produção do discurso histórico (ARAUJO 2015). De um lado, há um modo "compilatório" que atende à demanda social por sínteses pragmáticas, ligando-se mais intimamente ao mercado editorial e ao mundo emergente de um leitor não-especializado.…”
Section: Abreu E Lima E Varnhagen: Disputas Pela Independência Do Brasilunclassified
“…Valdei Araujo em artigo recente aborda através da categoria de "regimes de autonomia" a existência e dinâmica de experiências historiográficas relacionadas a modos distintos de produção do discurso histórico (ARAUJO 2015). De um lado, há um modo "compilatório" que atende à demanda social por sínteses pragmáticas, ligando-se mais intimamente ao mercado editorial e ao mundo emergente de um leitor não-especializado.…”
Section: Abreu E Lima E Varnhagen: Disputas Pela Independência Do Brasilunclassified
“…A fundação do Instituto foi impulsionada pelo interesse do Estado e dos letrados ligados ao projeto de centralização do Império em confrontar a pluralização de representações sobre o passado com a produção de narrativas históricas fundadas em garantias epistemológicas de verdade, como a crítica documental e a distância temporal do historiador do passado tomado como objeto de investigação. A pluralidade de perspectivas historiográficas vigorou no Instituto desde os primeiros anos da sua fundação e o debate entre os pares era uma das garantias da produção de um conhecimento que se queria superior à partidarização política em vigor na imprensa (GUIMARÃES, 2011;OLIVEIRA, 2011;ARAUJO, 2008ARAUJO, , 2015ARAUJO, CEZAR, 2018;CEZAR, 2018).…”
Section: Introductionunclassified
“…Para Gledson, a obra de Machado não representou, com mais clareza, o processo de formação e consolidação da nação porque o letrado não teria à sua disposição uma tradição historiográfica consolidada (GLEDSON, 2003, p. 293-318). Todavia, o acúmulo de estudos contemporâneos no âmbito da história da historiografia aponta as variedades do discurso histórico em vigor no Brasil do século XIX, evidenciando que não faltavam narrativas e macronarrativas de formação disponíveis sobre a história da nação (GUIMARÃES, 1995;GUIMARÃES, 2011;ARAUJO, 2008ARAUJO, , 2015ARAUJO e CEZAR, 2018;CEZAR, 2018;OLIVEIRA, 2011;TURIN, 2013;CAMPOS, 2016). Por sua vez, Machado demonstra conhecer em seus escritos para a imprensa a obra de diversos historiadores nacionais e estrangeiros, especialmente a produção dos membros do IHGB.…”
Section: Introductionunclassified
“…O sistema nacional de avaliação da qualidade da pós-graduação é a pedra angular de nosso atual "regime de autonomia" (ARAUJO, 2015). Ele possibilita, caracteriza e limita o que podemos ou não fazer e como o fazemos.…”
Section: Introductionunclassified