RESUMO -A quitosana é um polímero natural, biocompatível, biodegradável, e atóxico. É derivada do processo de desacetilação da quitina, a qual constitui a maior parte do exoesqueleto dos insetos, crustáceos e parede celular de fungos. Depois da celulose, é o composto orgânico mais encontrado na natureza. A quitina foi separada dos outros componentes dos resíduos de camarão (Macrobrachium amazonicum) por um processo químico que envolve 3 etapas: desmineralização, desproteinização, e despigmentação. A quitosana produzida foi caracterizada através dos processos de titulação potenciométrica, a fim de encontrar seu grau de desacetilação (85,32%), determinação de viscosidade intrínseca, para definir sua massa molecular (503223 g/mol), e difratometria de raio X para determinar seu índice de cristalinidade (66,67%).
INTRODUÇÃOO potencial pesqueiro brasileiro é visto como uma atividade de grande importância econômica nacional, principalmente para os municípios banhados por bacias hidrográficas ou localizados na zona costeira. Apesar dos inúmeros benefícios atrelados a esta atividade, há uma preocupação relacionada ao descarte adequado dos resíduos que são gerados. Uma das possíveis aplicações para a reutilização desses materiais é a produção de quitosana.A quitosana é um biopolímero obtido através da desacetilação da quitina, que é o maior constituinte de exoesqueletos de crustáceos e outros animais marinhos. Quitina e quitosana são polímeros atóxicos, biodegradáveis, biocompatíveis e antibactericidas, cujas propriedades vêm sendo exploradas em aplicações industriais e tecnológicas há mais de setenta anos (Roberts, 1992;Goosen, 1996;Signini, 2001).A quitosana possui o grau médio de desacetilação da quitina igual ou superior a 50%, é solúvel em soluções aquosas diluídas em ácidos orgânicos e inorgânicos (ácido acético, fórmico e clorídrico), devido a presença dos grupos aminos, enquanto que a quitina corresponde a produtos muito mais acetilados e insolúveis na maioria dos solventes testados