“…Sinteticamente, é possível afirmar que as pesquisas que abrangem a completude do processo do PAR nas suas análises expõem certo consenso crítico a respeito dos óbices ao desenvolvimento do plano, avaliando negativamente a sua eficácia, quer em função da atuação do MEC, quer em decorrência do protagonismo dos municípios na sua implementação, evidenciando a presença de elevado percentual de ações do plano inconclusas. No que remete ao MEC, Farenzena et al (2012a, p. 163) salientam que, se na implementação do PAR "não há coincidência de representação da política entre MEC e governos locais", também é possível cogitar "uma não coincidência entre atores dentro do próprio MEC (FARENZENA et al, 2012a, p. 163), enquanto que Batista et al (2012aBatista et al ( , 2012b destacam, por exemplo, que grande parte das subações de assistência técnica de responsabilidade do MEC ainda se encontravam, no período de seu monitoramento (2010), em fase de estruturação e/ou reorganização, impossibilitando, na prática, a realização da ação. Na esfera municipal, Cunha, Costa e Araújo (2012), Rossi et al (2012), Machado et al (2012), Oliveira, Scaff e Senna (2012b), Mafassioli (2012Mafassioli ( , 2011 e Mafassioli e Marchand (2011) constataram dificuldades em torno da compreensão da lógica de elaboração do PAR, notadamente em termos dos seus fundamentos e procedimentos, o que concorreu para a elaboração de planos fragmentados, sem consistência interna e desvinculados da realidade educacional local.…”