RESUMOO presente estudo possui como objetivo revisar as apresentações clínicas e os principais mecanismos de tratamento do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). Acredita-se que a mudança da concentração da progesterona e da alopregnona durante a fase lútea possam ocasionar a sintomatologia do TDPM. A incidência de TDPM corresponde em torno de 3 a 8% e tem como fatores de risco transtornos de ansiedade preexistentes, tabagismo e obesidade. A TDPM pode-se apresentar através de labilidade do humor, alterações do sono, irritabilidade, disforia, cefaléia, sensibilidade mamária e sintomas de ansiedade que ocorrem repetidamente durante a fase pré-menstrual do ciclo e cessam por volta do início do fluxo menstrual ou logo depois. A utilização dos antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) é considerada o tratamento de primeira linha, podendo ser utilizado de forma contínua ou intermitente, proporcionando melhora nos sintomas psiquiátricos. No entanto, pode haver o abandono da terapia devido aos efeitos adversos. Para aproximadamente 40% das pacientes, o uso de ISRS não é efetivo, sendo necessário tratamentos alternativos, como terapia comportamental dialética, exercício físico, yoga, dietas específicas, anticoncepcionais hormonais combinados, menopausa química por meio dos análogos do GnRH e em última instância indicação de histerectomia com ooforectomia.