RESUMO Infecção relacionada com assistência à saúde (IRAS) é atribuída aos quadros adquiridos tanto no momento da admissão em ambientes de atenção à saúde, quanto durante a internação, e até mesmo após alta médica, sendo assim, correlacionada com a permanência hospitalar. Na rotina cirúrgica veterinária, pacientes tanto hígidos quanto imunocomprometidos, tornam-se susceptíveis. Ressalva-se, que a ferida cirúrgica infectada por microrganismos endógenos ou exógenos, com classificação de multirresistentes ou não, pode desencadear quadros sépticos. Denomina-se infecção no sítio cirúrgico (ISC), a colonização da ferida cirúrgica por microrganismos, sendo sua ocorrência no pós-operatório, uma das principais complicações relacionadas à IRAS. Os principais fatores que podem levar a ISC estão ligados ao pré, trans e pós-operatório. Os médicos veterinários que atuam diretamente em ambiente hospitalar, devem estar preparados para prevenir e tratar casos de ISC de maneira integrada e dinâmica. Entre as ferramentas importantes nesse processo, destacam-se os programas multidisciplinares de Antibiotic Stewardship associados ao desenvolvimento de técnicas diagnósticas rápidas e ao incentivo de medidas consagradas para o controle da infecção hospitalar. Objetiva-se com o presente trabalho ressaltar os principais fatores de risco, medidas profiláticas, e o programa Antibiotic Stewardship, para o controle da ISC.