Apesar de a graduação ter como foco a promoção de desenvolvimento do estudante, estes enfrentam desafios que podem se desdobrar em vivência de dificuldades, sofrimento e até mesmo adoecimento. Por isso, é necessário que o estudante seja compreendido como pessoa em um período contextualizado, tanto para seu futuro como para a sociedade, o que exige a construção de um valor ético do cuidado pela comunidade acadêmica. Tal valor pode dirigir e amparar práticas culturais relacionadas às decisões no campo da política pública voltada a este público. Há mudanças importantes na democratização da universidade brasileira que embasam políticas de saúde e permanência estudantil, mas ainda há desafios quanto à busca por efetivas mudanças e o aspecto do cuidado com as diferentes pessoas que adentram a universidade ainda está sendo construído. Considerando as intervenções voltadas para a promoção de habilidades e repertórios que contribuem para mudanças interpessoais e acadêmicas, foi realizada uma revisão integrativa de literatura, por meio de análises de materiais já publicados sobre o programa Promove-Universitários, identificados no Scholar Google. Foram identificados 14 estudos, com publicações desde 2005 a 2022, na modalidade individual e grupal, virtual e presencial, com quantidade de sessões que variaram de 12 a 48. Os resultados identificam a intervenção como instrumento que promove mudanças em habilidades sociais e saúde mental dos universitários, indicando a necessidade de práticas interventivas voltadas ao desenvolvimento de habilidades e promoção de saúde nessa população.