Internacionalização dos sistemas de avaliação: evidências de Brasil e Chile

Abstract

RESUMO:O artigo sugere a existência de uma agenda internacional para a educação, promovida pelas Organizações Internacionais, a partir da qual se promove a expansão de sistemas de avaliação da qualidade da educação. O estudo foi realizado a partir de análises de documentos internacionais e nacionais que tratam sobre as avaliações externas nos sistemas educacionais do Brasil e Chile. Em particular, analisaram-se documentos de política educacional centrados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, no Brasil, e no Sistema de Medição da Qualidade da Educação, no Chile. As análises evidenciam a presença de estratégias ideológico-discursivas comuns entre as Organizações Internacionais e as elites políticas locais, que apontam a legitimidade e naturalização dos sistemas de avaliação da qualidade, assim como do contexto político em que se inserem, apagando de sua textualidade possíveis resistências e discursos alternativos.

Movimentos sociais, comunicação e educação na América Latina: uma análise comparativa dos movimentos secundaristas no Chile e no Brasil

“…Depois de algumas décadas em prática, as críticas ao sistema de avaliação tem relação com uma certa colonização imposta de fora para dentro dos países que fizeram parte do acordos internacionais de Jomtien, na Tailândia, observando que a: agenda global para a educação tem o objetivo de homogeneizar padrões e práticas escolares, aproximar, quando não tornar idênticos, objetivos de aprendizagem, estratégias de ensino, prioridades em relação ao financiamento e à formação de professores. (SANTOS;PETOUR, 2019PETOUR, , p.1833.…”

“…Apontam como inevitável a relação entre qualidade e avaliação […]. (SANTOS;PETOUR, 2019PETOUR, , p.1834.…”