La nuit, dernière frontière

Abstract

Peu étudiée, la nuit urbaine est pourtant riche de multiples activités économiques, sociales ou culturelles. Les différences entre la ville qui dort et celle qui veille se transforment au fil du temps. La conquête de la nuit par le jour, à l'instar d'une nouvelle frontière, est un analyseur des tensions sociales qui traversent la ville.

Lazer: da libertação do tempo à conquista das práticas

“…A noite tem vindo a ser crescentemente integrada nas investigações científicas efectuadas no domínio das Ciências sociais, particularmente na Geografia (deleuil, 1993 2 ; Henriques & Feio, 1995;Bureau, 1997;Chatterton & Hollands, 2003;Gwiazdzinski, 2000Gwiazdzinski, , 2005Alves, 2007), ainda que este objecto científico se apresente pouco explorado.…”

“…A economia da noite (En) provoca conflitos entre actividades de lazer e outras funcionalidades urbanas, sendo o ruído, o crime, o comportamento anti-social, algumas das situações que motivam a confrontação. A conquista da noite faz-se, por isso, através da animação nocturna, da busca de prazer, mas, também, através da promoção da segurança e controlo (Gwiazdzinski, 2005).…”

“…As noites brancas (Allemand, 2005b;Gwiazdzinski, 2005;Alves, 2007) de que temos notícia em algumas das grandes cidades europeias (Bruxelas, Roma, Paris…), contam-se, também, entre os eventos que procuram preencher e povoar a noite de Coimbra. Organizam-se espectáculos, ocorrem manifestações artísticas que procuram cativar novos públicos, incentiva-se a fruição do espaço urbano à noite.…”

“…Jayne (2006) considera que a quantidade e a qualidade de oportunidades de consumo que a cidade oferece é um elemento chave na competitividade. Como de resto sublinha Gwiazdzinski (2005), nesta competição entre metrópoles/cidades a qualidade de vida, e nesta os lazeres nocturnos e a animação, têm um papel essencial.…”

Apprendre à regarder la ville dans l’obscurité : les « entre-deux » du paysage urbain nocturne

“…Elle nous enseigne que la nuit, plus qu'oubliée (Gwiazdzinski, 2005), elle est peutêtre niée. Entre la peur de l'obscurité et la fascination de la lumière, la nuit urbaine se construit sur une conception binaire (Gallan et Gibson, 2011) qui oppose activité et dormance.…”