Objetivo: identificar o tipo de banho realizado em pacientes críticos à admissão e na saída da unidade de terapia intensiva e avaliar os fatores associados ao banho no leito desses pacientes nesses dois momentos. Método: estudo observacional, quantitativo, longitudinal, retrospectivo, realizado com informações de 85 prontuários de pacientes críticos internados em uma unidade de terapia intensiva. Avaliou-se a diferença dos tipos de banho realizados com os pacientes críticos,à admissão e na saída da unidade, a partir do teste de Mc Nemar. Utilizou-se a regressão logística para avaliar os fatores associados à realização do banho no leito nesses dois momentos. Resultados: predominaram os pacientes do sexo masculino (56,50%), com média de idade de 65,4 anos. O banho no leito foi o mais realizado, tanto à admissão (88,2%) quanto na saída da unidade (78,8%).Entre os pacientes que receberam alta, houve diferença dos tipos de banho realizados no início e fim da internação (p= 0,013). Os pacientes que vieram a óbito receberam apenas o banho no leito. À admissão na unidade de terapia intensiva, a chance de um paciente em oxigenoterapia ter indicação de banho no leito foi maior (OddsRatio = 6,24). Por sua vez, na saída desse setor, essa chance foi maior nos pacientes em uso de oxigenoterapia (OddsRatio = 13,81) e cateter vesical de demora (OddsRatio = 5,56). Conclusão: em pacientes críticos o banho no leito foi o mais realizado e sua indicação esteve associada à utilização de dispositivos de oferta de oxigênio e controle urinário.