Introdução: O processo de envelhecimento associado à hospitalização prolongada gera diminuição de massa e de força muscular dos membros inferiores, sendo necessárias intervenções para minimizar esses efeitos deletérios, como o treinamento de sentar-levantar. Este treinamento utiliza o peso do próprio corpo e é um movimento essencial para a manutenção da independência funcional. As respostas cardiovasculares agudas estão relacionadas com a segurança da atividade, por isso é imprescindível a monitorização constante. Objetivo: Avaliar a segurança e a viabilidade da realização do protocolo de sentar-levantar, observando os efeitos hemodinâmicos agudos em idosos hospitalizados. Materiais e métodos: Em uma amostra composta de idosos com estabilidade clínica, realizou-se um protocolo de sentar-levantar progressivo, com oito níveis em apenas uma sessão. Avaliaram-se variáveis hemodinâmicas, como pressão arterial sistólica e diastólica, pressão arterial média, frequência cardíaca e duplo produto, em repouso e após 1 min, 10 min e 30 min, sendo analisados e comparados médias e desvio-padrão. Resultados: Observou-se um leve aumento nas variáveis pressão arterial sistólica, na frequência cardíaca e duplo produto, com normalização nos minutos seguintes ao protocolo. A pressão arterial diastólica e a arterial média apresentaram uma discreta diminuição no decorrer das mensurações. Observaram-se poucos eventos adversos na amostra, os quais foram solucionados após o repouso. Houve significância estatística entre a maior parte das variáveis, porém não houve significância clínica. Conclusão: O protocolo de sentar-levantar é viável e seguro em idosos hospitalizados, desde que seja realizado de acordo com os critérios de elegibilidade e monitorados.