Este trabalho parte da perspectiva de instauração de duas retóricas (da “superação” e do “desejo”) como alicerce estrutural do que chamamos aqui de Religião do Consumo. A primeira tem expressão no discurso de conquista da IURD, materializado principalmente na posse de bens materiais. Esta, por sua vez, é a representação máxima da felicidade, prova da ação de Deus sobre a vida do fiel. A segunda, concebida como “do desejo”, se constrói discursivamente em processos que visam a sua própria moralização: “a moralização do desejo”, praticamente transformando-o numa “obrigação moral”. Por fim, tais perspectivas ancoram a emergência de uma fé racional, cujos pilares se encontram numa teologia de resultados, conhecida como Teologia da Prosperidade.