2019
DOI: 10.1590/s1414-40772019000200007
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Normose Acadêmica: como superar a ‘doença da normalidade’ na Universidade

Abstract: No presente artigo me proponho a discutir o que entendo ser uma doença da academia atual, que denominei de Normose Acadêmica. Nele defino-a como o adoecimento do sistema de produção de conhecimento e formação acadêmica que conduz à burocratização da produção e inibe a atividade intelectual criativa, levando a uma improdutiva normalização da produção científica. No artigo tento desvendar a extensão, implicações e causas da Normose, discuto as razões de sua persistência e levanto propostas para a mitigação de se… Show more

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“…O trabalho docente em contexto avaliativo do stricto sensu e a dinâmica produtivista na pós-graduação são assuntos apresentados neste estudo, apoiados nas contribuições de Michener et al (2005) sobre 'Grupos' e em debates trazidos por autores como Bianchettie Machado (2009), que discorrem sobre surto produtivista, surto competitivo, decorrências para a produção de conhecimentos e decorrências para a saúde individual e coletiva dos/as pesquisadores/as; Moraes et al (2021), que explicam como o produtivismo acadêmico é imposto aos/às professores/as-pesquisadores/as por meio de suas atividades, modificando assim as práticas de pesquisa; Costa e Barbosa Filho (2021), que esclarecem que o termo "produtivismo acadêmico" propagou-se nos EUA por meio da expressão "Publicar ou Perecer"; Zandoná et al (2014), que mencionam que a forma de gestão nas universidades passa pela produtividade; Silva (2019), que explica que os EUA e o Brasil, ao realizarem a institucionalização de suas políticas públicas de avaliação da pós-graduação, associaram as publicações de professores/as e pesquisadores/as a indicadores quantitativos de produtividade (indicadores esses aplicados pelas universidades tanto para avaliação de desempenho e crescimento na carreira profissional docente quanto para obtenção de recursos fornecidos por agências); Souza (2019), que comenta que um sistema de avaliação que cobra por produtividade transforma docentes e discentes em produtores/as acadêmicos/as burocráticos/as, levando a um distanciamento dos verdadeiros problemas da ciência e da sociedade, e da busca por conhecimentos e ideias verdadeiramente atuais; Ribeiro (2017), que explica que a maneira como a universidade tem se constituído é semelhante a uma empresa, com foco na produção; Almeida et al (2012), que debate a cultura do gerencialismo nos sistemas educacionais.…”
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“…O trabalho docente em contexto avaliativo do stricto sensu e a dinâmica produtivista na pós-graduação são assuntos apresentados neste estudo, apoiados nas contribuições de Michener et al (2005) sobre 'Grupos' e em debates trazidos por autores como Bianchettie Machado (2009), que discorrem sobre surto produtivista, surto competitivo, decorrências para a produção de conhecimentos e decorrências para a saúde individual e coletiva dos/as pesquisadores/as; Moraes et al (2021), que explicam como o produtivismo acadêmico é imposto aos/às professores/as-pesquisadores/as por meio de suas atividades, modificando assim as práticas de pesquisa; Costa e Barbosa Filho (2021), que esclarecem que o termo "produtivismo acadêmico" propagou-se nos EUA por meio da expressão "Publicar ou Perecer"; Zandoná et al (2014), que mencionam que a forma de gestão nas universidades passa pela produtividade; Silva (2019), que explica que os EUA e o Brasil, ao realizarem a institucionalização de suas políticas públicas de avaliação da pós-graduação, associaram as publicações de professores/as e pesquisadores/as a indicadores quantitativos de produtividade (indicadores esses aplicados pelas universidades tanto para avaliação de desempenho e crescimento na carreira profissional docente quanto para obtenção de recursos fornecidos por agências); Souza (2019), que comenta que um sistema de avaliação que cobra por produtividade transforma docentes e discentes em produtores/as acadêmicos/as burocráticos/as, levando a um distanciamento dos verdadeiros problemas da ciência e da sociedade, e da busca por conhecimentos e ideias verdadeiramente atuais; Ribeiro (2017), que explica que a maneira como a universidade tem se constituído é semelhante a uma empresa, com foco na produção; Almeida et al (2012), que debate a cultura do gerencialismo nos sistemas educacionais.…”
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“…Entre as discussões levantadas, é comum a perspectiva de que o produtivismo é característico do ideário neoliberal, muitas vezes assumido enquanto forma de trabalho pelos professores-pesquisadores, intensificando o trabalho acadêmico e prejudicando o tempo de pesquisa, a qualidade da produção científica, as finalidades da ciência e a formação na educação superior. Ou seja, as pesquisas desenvolvidas analisam os mecanismos de controle e avaliação exercidos sobre as práticas de professores e estudantes, pouco investigando as especificidades de tais efeitos diante da diversidade de condições de produção e de resistência a tais pressões (FICO, 2015;DIAS, SERAFIM, 2015;SANTOS, 2019;SCHMIDT, 2011;SILVA, 2019;VOSGERAU;ORLANDO;MEYER, 2017).…”
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