2009
DOI: 10.5007/2175-7984.2009v8n15p199
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Novos atores no mercado: movimentos sociais econômicos e consumidores politizados

Abstract: O artigo reflete sobre os novos atores do mercado, em especial os movimentos sociais econômicos, ou seja, aqueles em que os atores constroem uma nova cultura de ação política visando a reapropriação da economia a partir de valores próprios. Exemplo disso são os movimentos de economia solidária, comércio justo, indicação geográfica, slow food e os movimentos de consumidores organizados. Esta interface entre movimentos sociais e mercado é, talvez, a característica mais marcante, diferenciadora e polêmica das mob… Show more

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“…Tais padrões e referências podem estar vinculados com questões da alimentação e da saúde do consumidor (Guivant et al, 2010), mas também com modalidades de consumo consciente -como um ato político que prioriza algumas relações e produtos com formas de produção específicas (Portilho, 2009). Assim, a "qualidade" dos produtos vem ganhando relevância nas escolhas dos consumidores.…”
Section: Os Circuitos Curtos De Comercialização Como Superação Da Fraunclassified
“…Tais padrões e referências podem estar vinculados com questões da alimentação e da saúde do consumidor (Guivant et al, 2010), mas também com modalidades de consumo consciente -como um ato político que prioriza algumas relações e produtos com formas de produção específicas (Portilho, 2009). Assim, a "qualidade" dos produtos vem ganhando relevância nas escolhas dos consumidores.…”
Section: Os Circuitos Curtos De Comercialização Como Superação Da Fraunclassified
“…15 Pode significar certa "distinção social" (Bourdieu, 2011). 16 O consumo político é caracterizado como sendo uma autoatribuição de responsabilidade por parte dos consumidores que se engajam em determinadas práticas, associadas à reflexividade (Portilho, 2008(Portilho, , 2009 Perguntamos aos entrevistados o que os faria consumir mais produtos da agricultura familiar. A opção que mais se destacou foi "mais locais de venda".…”
Section: Maycon Schubert Sergio Schneiderunclassified
“…Algumas questões que se podem elencar são: a obesidade e sua construção social a partir dos discursos médicos e da estigmatização social (Fischler, 1995;Poulain, 2004), as ansiedades (neofilia e a neofobia) e as desordens (obesidade, bulimia e anorexia) alimentares (Fischler, 1995;Contreras, 2005), os riscos alimentares em decorrência da lógica produtivista e do descontrole no uso da tecnologia aplicada às mudanças biológicas e químicas da natureza (Marsden, 2009), as mudanças climáticas e seus impactos na produção de alimentos (FAO, 2013;Tacoli et al, 2010), a concentração dos mercados em relação ao abastecimento alimentar (Wilkinson, 2008;Cunha, 2010;Ploeg, 2008), o ativismo político por meio das organizações coletivas que se opõem à ló-gica dominante do consumo em massa, como o slow food, veganismo, vegetarianismo, fair trade, ou mesmo por meio de práticas individuais de consumo político (Portilho, 2009;Micheleti, 2003), constituição de práticas alimentares (inovações organizacionais e institucionais) no âmbito da transição para um modelo mais sustentável de consumo e de produção (Fonte, 2013;Hinrichis, 2014;Guivant et al, 2010;Seyfang, 2006). Estas abordagens, entre outras, demonstram o amplo campo de debate que se constitui em torno do consumo e da oferta de alimentos.…”
Section: Introductionunclassified
“…O recente arcabouço jurídico que visa regular a relação com o ambiente (Neto, 2012), juntamente ao crescente interesse e preocupação da opinião pública com esta temática, torna-se, do ponto de vista da ação empresarial, crucial para estas transformações em direção à sustentabilidade. Isso decorre não somente do potencial do consumidor como importante fator na transformação social (Miller, 2007), que, por intermédio da atuação política de movimentos sociais econômicos, busca redefinir o mercado e os valores em jogo (Portilho, 2009), mas também se deve à possibilidade de contestação social mais ampla de suas atividades. Tal contestação ocorreria no plano da legitimidade das empresas, isto é, num plano em que a vigência de um entendimento coletivo não dependeria exclusivamente de seu estatuto jurídico e de um aparato administrativo, podendo, inclusive, prescindir de tais marcos.…”
Section: Sustentabilidade E Mercadosunclassified