Objetivo: analisar as percepções de mães encarceradas sobre a vivência da maternidade em privação de liberdade. Método: pesquisa exploratória, transversal, qualitativa, desenvolvida com 19 mulheres de uma penitenciária feminina da região Nordeste do Brasil. Utilizou-se como referencial teórico a Teoria do Apego de John Bowlby. A obtenção dos dados ocorreu por meio de questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada; posteriormente, os dados foram submetidos a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: as entrevistadas são, na maioria, mulheres entre 23 a 28 anos, solteiras, com média de 2 filhos e com histórico de uso de álcool e/ou outras drogas, presas por tráfico de drogas. Duas categorias foram estabelecidas: O Significado da Maternidade e Vivência da Maternidade em Privação de Liberdade. Conclusão: observou-se o sofrimento do binômio com a separação parental, ocasionando prejuízos para o crescimento e desenvolvimento das crianças. As mães encarceradas estão expostas ao ambiente insalubre e desumanizado, o que acarreta sofrimento psíquico.