“…Por 1 Referindo-se somente a comentaristas a partir de meados do século XX, entre diversos trabalhos que abordam problemas nas atividades censitárias e nos resultados do Censo de 1872, Mortara (1940aMortara ( , 1940b, além de outros textos seus, foca nas discrepâncias nas distribuições etárias; Arriaga (1976Arriaga ( [1968) demonstra subenumeração infantil; Slenes (1975) examina em detalhe a coerência dos dados sobre escravos recenseados em comparação com as estatísticas das matrículas; Martins (1980), Paiva e M. C. e Paiva e R. B. tratam das condições de recenseamento e apuração, explicitando, entre outros problemas, as diferentes datas-base em cada província, a omissão de paróquias e as inconsistências quantitativas na agregação freguesias-província-Império e nas totalizações por categorias; Paiva, Godoy e Rodarte (2012) expõem de modo compreensivo trabalhos de análise e ajuste efetuados ao longo de três décadas. Rodarte e Santos Jr. (2008) e Rodarte, Paiva e Godoy (2012) discutem principalmente a coerência dos totais classificados por categorias; Bissigo (2014Bissigo ( , 2015Bissigo ( , 2017 e Camargo (2018), entre outros, abordam aspectos sociológicos das categorias empregadas no censo e sua relevância para o entendimento das estruturas sociais oitocentistas. 2 Como exemplos, em vários momentos das últimas décadas, de textos com temas abrangentes e que se valem sem ajustes quantitativos dos totais publicados no censo de 1872, podemos citar Klein (1969), Leff e Klein (1974), Merrick e Graham (1980), Oliveira (1997), Livi Bacci (2002, Melo (2008) e Papadia (2019).…”