O Stock Serra da Acauã está inserido no contexto da atividade plutônica ediacarana, uma das mais importantes feições geológicas na Província Borborema, Nordeste do Brasil. O corpo está dividido em duas fácies: uma equigranular fina a média e outra inequigranular média a fracamente porfirítica com fenocristais de K-feldspato. Determinações U-Pb em zircão apontaram uma idade ediacarana de c.a 578 Ma para a sua cristalização. Petrograficamente, o stock consiste de um biotita monzogranitos hololeucocráticos a leucocráticos (M = 1,3 – 9,9%), com biotita sendo o máfico principal (0,5 a 8,1%). Minerais opacos, titanita, allanita, apatita e zircão são acessórios e as fases minerais mais precoces. As rochas que formam o stock são geoquimicamente similares, de caráter fracamente peraluminoso (1,00 ≤ A/CNK ≤ 1,04), com coríndon normativo e de assinatura transicional entre rochas alcalinas e calcioalcalinas. A variação do conteúdo de óxidos e elementos traço sugere o fracionamento de plagioclásio, biotita, titanita, apatita e magnetita durante a cristalização do magma. O diagrama para elementos terras raras mostra enriquecimento dos elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados, com razões LaN/YbN entre 16,10 e 54,75, e anomalias negativas de Eu (Eu/Eu* de 0,66 a 0,90) compatíveis com fracionamento de plagioclásio. Dados referentes à temperatura de saturação de zircão somados a diagramas discriminantes geoquímicos permitem associar essas rochas a granitos tipo I altamente fracionados. O conjunto de dados permite correlacionar o magmatismo no contexto de granitoides calcioalcalinos de alto potássio, tardi a pós-tectônicos do Domínio Rio Piranhas-Seridó.