É preciso modificar os paradigmas da educação odontológica para que o estudante passe a ter maior responsabilidade sobre o seu processo de aprendizagem. Contudo, essas mudanças nas estratégias de educação não são aceitas por grande parte dos docentes, que preferem avaliações pontuais a processuais, que mais punem do que formam seus estudantes. Esse estudo buscou explicitar a importância da avaliação como um processo, por meio de um relato de experiência em que diversificou-se os instrumentos avaliativos de um componente curricular do curso de graduação em Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, Campus VIII (UEPB/Araruna). Utilizou-se, ao longo do semestre, diferentes instrumentos avaliativos (verificações imediatas de aprendizagem – VIA’s, portfólios de aprendizagem, avaliação teórica e seminário) para que os estudantes pudessem ser avaliados tanto de maneira pontual, como de maneira processual. Todas as avaliações foram pontuadas de 00,0 a 100,0, tendo pesos diferentes para compor a nota final. Fez-se uma análise descritiva das notas dos portfólios e VIA’s, bem como o teste t-pareado (α = 5%) para comparar as médias da turma nas provas teóricas e na nota. As notas dos estudantes aumentaram ao longo do semestre, em todas as avaliações. A média das notas das provas aumentou 12,0 pontos (p = 0,030) e a nota final das unidades 21,0 pontos (p<0,001). A experiência relatada sinaliza a importância do entendimento da avaliação como processo contínuo e não somente como mera data a ser cumprida no calendário acadêmico.