O leite de búfala pode ser usado para consumo humano in natura e na indústria, gerando subprodutos com qualidade superior ao leite de outros animais. O rebanho brasileiro de búfalos está distribuído em todas as regiões principalmente no Norte e Sudeste, onde são utilizados para produção de carne, de leite, de couro, e também como tração animal. Considerada uma zoonose tropical, a leptospirose é reconhecida como um problema de saúde pública mundial devido à sua crescente prevalência em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos bubalinos pode causar transtornos reprodutivos e sérios prejuízos na produção de carne e de leite, dificultando a viabilidade econômica do rebanho. Nas fêmeas infectadas podem ocorrer infertilidade, neonatos debilitados ou natimortos, redução nas taxas de concepção, morte fetal, e abortos. Os estudos sorológicos da leptospirose nos rebanhos bubalinos apontam altas taxas de prevalências entre 16% e 80%. O uso de antimicrobianos como a estreptomicina pode ser uma opção interessante para o tratamento principalmente para eliminar o portador renal. A prevenção da leptospirose pode ser realizada por meio da vacinação do rebanho, sendo uma medida de baixo custo e com resultados promissores de proteção.
Palavras chaves: leptospirose, búfalos, aspectos socioeconômicos, epidemiologia, prevenção.