do Ministério da Saúde. Foram incluídos 3.921 registros de casos novos. Investigaram-se dados clínico-epidemiológicos, incluindo a distribuição espacial da taxa de detecção da doença. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel ® , os testes estatísticos elaborados no BioEstat e no SPSS, e os mapas gerados no Qgis. RESULTADOS: Os doentes de hanseníase eram, em geral, do gênero masculino (58,07%), de 20 a 59 anos de idade (67,66%) e com formação escolar inferior a quatro anos de estudo (43,82%). A maioria era portadora de hanseníase multibacilar (62,69%), com predomínio da forma clínica dimorfa (borderline) (39,56%). A tendência da detecção geral foi regressiva frente ao aumento da cobertura de Unidades Básicas de Saúde (UBS). A associação com algum grau de incapacidade física foi significante para idade, escolaridade, contatos, lesões e classificação operacional (p < 0,0001). Áreas hiperendêmicas corresponderam a 37% das unidades de análise. A análise da autocorrelação espacial local identificou aglomerados em quatro bairros da cidade. CONCLUSÃO: Os achados indicaram áreas hiperendêmicas prioritárias às ações de prevenção e controle, bem como a necessidade de aumento da cobertura dos serviços da Estratégia Saúde da Família e melhor distribuição geográfica das UBS, de modo a facilitar o acesso às medidas de prevenção e controle da doença.