2011
DOI: 10.22456/2236-6385.24992
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Olhando Para as Trajetórias De Reparo Em Um Relato De Procedimento Realizado Por Uma Pessoa Com Afasia Durante Uma Conversa Face a Face

Abstract: Este estudo tem como objeto de investigação as ocorrências de reparo em uma conversa que envolve pessoas com afasia. Buscando subsídios nos fundamentos teórico-metodológicos da Análise da Conversa de base Etnometodológica, busquei verificar se a organização da trajetória do reparo se apresentaria conforme as descrições de Sacks, Schegloff & Jefferson (1977) a respeito desse fenômeno e as descobertas de Garcez e Loder (2005). As análises revelaram algumas ocorrências não previstas. Todavia, considero que ta… Show more

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“…Em seu estudo sobre trajetórias de reparo em uma interação que envolvia pessoas com afasia com comprometimento da expressão verbal, Oliveira (2009) buscou investigar se a organização da trajetória do reparo se apresentaria conforme as descrições de Schegloff, Jefferson e Sacks (1977) a respeito desse fenômeno e as descobertas de Garcez e Loder (2005). Neste estudo, observaram-se as seguintes ocorrências: a) reparo iniciado e levado a cabo no mesmo turno da fonte do problema pela própria falante (afásica) da fonte do problema diante de manifestações linguísticas que a literatura afasiológica chama de parafasia semântica 1 e anomia; b) reparo iniciado pela falante (afásica) da fonte do problema e levado a cabo pela outra interactante (afásica) diante de um momento de anomia; c) reparo iniciado pela interactante não afásica e levado a cabo pela falante (afásica) da fonte do problema diante de uma dificuldade de estruturação do enunciado; d) uma ocorrência até então não retratada na literatura que consiste em um reparo encaixado em outro reparo, onde um mesmo componente de finalização leva a cabo dois reparos diferentes, iniciados consecutivamente por diferentes falantes (um deles é o falante afásico da fonte do problema); e) reparo iniciado e levado a cabo pela interactante não afásica diante da ocorrência de uma parafasia verbal, diante do uso de um recurso alternativo de significação, neste caso, o gesto, pela falante afásica e diante de enunciados com problemas de estruturação morfossintática.…”
Section: Estudos Sobre O Reparo Conversacional Em Casos De Afasias Deunclassified
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“…Em seu estudo sobre trajetórias de reparo em uma interação que envolvia pessoas com afasia com comprometimento da expressão verbal, Oliveira (2009) buscou investigar se a organização da trajetória do reparo se apresentaria conforme as descrições de Schegloff, Jefferson e Sacks (1977) a respeito desse fenômeno e as descobertas de Garcez e Loder (2005). Neste estudo, observaram-se as seguintes ocorrências: a) reparo iniciado e levado a cabo no mesmo turno da fonte do problema pela própria falante (afásica) da fonte do problema diante de manifestações linguísticas que a literatura afasiológica chama de parafasia semântica 1 e anomia; b) reparo iniciado pela falante (afásica) da fonte do problema e levado a cabo pela outra interactante (afásica) diante de um momento de anomia; c) reparo iniciado pela interactante não afásica e levado a cabo pela falante (afásica) da fonte do problema diante de uma dificuldade de estruturação do enunciado; d) uma ocorrência até então não retratada na literatura que consiste em um reparo encaixado em outro reparo, onde um mesmo componente de finalização leva a cabo dois reparos diferentes, iniciados consecutivamente por diferentes falantes (um deles é o falante afásico da fonte do problema); e) reparo iniciado e levado a cabo pela interactante não afásica diante da ocorrência de uma parafasia verbal, diante do uso de um recurso alternativo de significação, neste caso, o gesto, pela falante afásica e diante de enunciados com problemas de estruturação morfossintática.…”
Section: Estudos Sobre O Reparo Conversacional Em Casos De Afasias Deunclassified
“…Schegloff (1979) destaca a relevância do reparo para o que ele trata como syntaxfor-conversation (uma sintaxe própria da conversa, que se diferenciaria da sintaxe de outros gêneros discursivos) sobretudo diante de problemas de produção, em que o reparo realiza um rearranjo dos componentes da sentença. Conforme apresentado pelo autor e revelado no estudo de Oliveira (2009), o reparo afeta a forma dos enunciados e a ordenação dos elementos sem necessariamente alterar o que ele considera ser a "identidade da sentença". Segundo Schegloff, existem demandas estruturais derivadas dos tipos de organização discursiva da tomada de turnos (por exemplo, o tipo de construção sintática que se espera que ocorra em uma UCT (Unidade de Construção de Turnos) para considerar que ela foi finalizada e que, por conseguinte, o turno pode ser tomado) e de organização sequencial que tendem a concentrar o reparo no mesmo turno da fonte do problema em favor da syntax-for-conversation.…”
Section: Estudos Sobre O Reparo Conversacional Em Casos De Afasias Deunclassified
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“…No cenário nacional, especificamente no campo da Linguística Sociointeracional, Oliveira (cf. OLIVEIRA, DIAS, 2018;OLIVEIRA, BASTOS, 2015, 2012, 2011OLIVEIRA, 2013;OLIVEIRA, 2009), elegendo diferentes categorias interacionais para análise de dados de fala naturalísticos (e de emergência espontânea a), vem desconstruindo a visão da incompetência de afásicos nas práticas com (e através de) a linguagem, que se centra na tradição milenar logocêntrica. O fenômeno de investigação deste estudo específico é a performance do paciente afásico alcançada via um repertório de recursos semióticos multimodais.…”
Section: Introductionunclassified