Oral communication and auditory skills of hearing impaired children and adolescents and the speech therapy rehabilitation process

Abstract

Purpose: to analyze auditory and oral communication behaviors in a group of children and adolescents, users of cochlear implants and to establish a relationship with factors that interfere with aural rehabilitation. Methods: participants were 13 children or adolescents with profound bilateral sensorineural hearing loss. Standardized procedures were applied to check: the auditory and oral communication behaviors of participants and their relationships with the child's age at diagnosis period; the interval between diagnosis and intervention, adaptation onset of the cochlear implant; the hearing age and aural rehabilitation period. Results: statistically significant data were found to correlate the interval between diagnosis and intervention with the scores in the evaluation procedures of oral communication. Conclusion:there was a significant impact on the development of oral communication when the period elapsed between the diagnosis and intervention was analyzed, in such way that the faster the intervention time, the better the results. It was also evident that the earlier the beginning of the use of cochlear implants, the greater the hearing age, and the longer the rehabilitation period, the better the scores in the procedures that evaluated auditory and verbal development. Keywords: Hearing Loss; Cochlear Implant; Language; Auditory Perception RESUMO Objetivo: analisar os comportamentos auditivos e de comunicação oral em um grupo de crianças e adolescentes usuários de implante coclear e estabelecer relações com fatores que interferem na reabilitação auditiva. Métodos: participaram deste estudo 13 crianças ou adolescentes com deficiência auditiva sensorioneural profunda bilateral. Foram aplicados procedimentos padronizados para verificar: o comportamento auditivo e de comunicação oral dos participantes e estabelecidas relações com a idade da criança no período do diagnóstico; o intervalo entre o diagnóstico e a intervenção, época de ativação do implante coclear; a idade auditiva e o período de reabilitação auditiva. Resultados: foram encontrados dados estatisticamente significantes ao correlacionar o intervalo entre o diagnóstico e a intervenção com os escores dos procedimentos de avaliação da comunicação oral. Conclusão: houve impacto significante no desenvolvimento da comunicação oral quando analisado o período transcorrido entre o diagnóstico e a intervenção, de tal forma que quanto mais rápida a intervenção, melhores os resultados. Foi evidente também que quanto mais precoce o início da utilização do implante coclear, maior idade auditiva e maior o período de reabilitação, melhores foram os escores nos procedimentos que avaliaram desenvolvimento auditivo e verbal.

Acesso aos sons da fala, comportamento auditivo e qualidade de vida de crianças e adolescentes com deficiência auditiva

“…Em busca de intervenção precoce e melhor desempenho em habilidades auditivas e comunicativas orais, logo após o diagnóstico audiológico, medidas devem ser tomadas a fim de minimizar os efeitos da deficiência auditiva (DA) (Novaes et al, 2012;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero, 2017).…”

“…Assim, após a criança estar adaptada corretamente com Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), os quais devem possibilitar o acesso ao mundo sonoro, deve-se iniciar a terapia fonoaudiológica, visando o desenvolvimento efetivo das habilidades auditivas e da comunicação (Novaes et al, 2012;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero, 2017).…”

“…Nesse processo de habilitação auditiva, para que haja um desenvolvimento linguístico adequado é necessário o melhor acesso aos sons da fala pelo deficiente auditivo e um comportamento auditivo esperado para sua idade (Novaes et al, 2012;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero, 2017).…”

“…A mensuração do acesso aos sons da fala na criança ou adolescente com uso do AASI, pode ser realizada com o teste gravado para a pesquisa dos níveis mínimos de respostas dos Seis Sons de Ling (Scollie et al, 2012), pois fornece dados sobre a detecção de sons de fala Research, Society and Development, v. 9, n. 3, e166932696, 2020(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2696 4 de diferentes frequências de 250 a 8000 Hz. Tal informação auxilia na elaboração das estratégias terapêuticas, uma vez que o fonoaudiólogo pode a partir destes dados inferir sobre a percepção da fala da criança ou adolescente com o uso da amplificação (Ling, 1990;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero 2017).…”

“…Outra forma de avaliar o desempenho auditivo dessa população com DA que fazem o uso de AASI são os questionários, que em geral são respondidos por pais e/ou responsáveis (Robbins, Renshaw & Berry, 1991;Castiquini & Bevilacqua, 2000;Purdy et al, 2002;Souza et al, 2011;Levy & Rodrigues-Sato, 2016). No Brasil, entre os principais instrumentos utilizados para mensurar o benefício da amplificação sonora na população pediátrica estão o questionário IT-MAIS -Infant-Toddler Meaningful Auditory Integration Scale (Robbins, Renshaw & Berry, 1991) e o MAIS -Meaningful Auditory Integration Scale (Castiquini & Bevilacqua, 2000), o questionário ABEL -Auditory Behavior in Everyday Life (Purdy et al, 2002;Souza et al, 2011) e a escala PEACH -Parentes' Evaluation Of Aural/Oral Performance of Children (Levy & Rodrigues-Sato, 2016) O questionário ABEL -Auditory Behavior in Everyday Life, foi traduzido e adaptado para o português (Souza et al, 2011), e tem o objetivo de investigar o comportamento auditivo da criança deficiente auditiva, de quatro a 14 anos de idade em seu dia-a-dia e diferentes estudos já foram publicados utilizando tal instrumento (Souza & Martineli, 2014;Almeida et al, 2015;Pardo-Guijarro et al, 2015;Bicas, Guijo & Delgado-Pinhiero, 2017).…”