Pensamento computacional para alunos do ensino fundamental de escolas públicas em uma cidade de pequeno porte - um relato e análise de experiência

Abstract

O Brasil está atrasado no que se refere à incorporação do pensamento computacional na educação básica. O problema é agravado quando consideramos o ensino público. Neste artigo apresentamos uma experiência que envolve a articulação entre agentes do terceiro setor, poder público e universidade, em direção à inserção do pensamento computacional no ensino fundamental. O curso foi realizado em uma cidade de pequeno porte e com baixos indicadores de desenvolvimento social e econômico. Também apresentamos uma análise do impacto do curso sobre atitudes dos alunos em relação à computação. Os resultados evidenciam que o ambiente desfavorável não é impedimento para estímulo e motivação dos alunos. Além disso, o arranjo institucional descrito apresenta-se como estratégia viável em cidades cujas condições geo-politicas criaram um grave cenário de estagnação social e econômica.

Pensamento Computacional para alunos do ensino básico do sertão baiano

“…Esta pesquisa vem sendo realizada no sertão baiano, em Piritiba, cidade localizada a 320 km de Salvador, capital da Bahia. A cidade possui cerca de 25 mil habitantes, número que se mantém nas últimas décadas devido a falta de oportunidades de trabalho na cidade [Santos et al 2019]. Piritiba possui um baixo índice de desenvolvimento humano (0,578), além de baixos índices de desenvolvimento da educac ¸ão básica [IBGE 2020].…”

E se Nossa Oficina não Der Certo?

“…Um curso de computação criativa com carga horária de 30 horas, baseado nos materiais da Universidade de Harvard [Brennan et al 2011], foi realizado com alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Piritiba, Bahia, no ano de 2018 [Santos et al 2019]. Para avaliação, os autores aplicaram dois questionários, um para caracterizar os participantes e outro para avaliar suas atitudes.…”