As infecções nosocomiais são infecções adquiridas em ambiente hospitalar, fortemente associadas a processos de gravidade dos pacientes. Assim, a limpeza inadequada ou inexistente de fômites corrobora fortemente com esse processo. O presente estudo teve como objetivo identificar as bactérias Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae em telefones celulares e estetoscópios pertencentes à equipe multiprofissional ou ao próprio hospital, verificar a frequência de higienização destes, tal como identificar possível resistência das bactérias a antibióticos, a fim de entender o impacto destas nas infecções nosocomiais do hospital analisado. As amostras foram coletada com swabs estéreis e analisadas em laboratório para realização de identificação bioquímica e verificação de resistência a antibióticos pela técnica de Kirby Bauer. Foram também aplicados questionários objetivos aos participantes. Coletaram-se 50 amostras, em que 93,10% (27/29) dos celulares e 95,23% (20/21) dos estetoscópios indicaram contaminação. Considerando-se apenas as amostras de estetoscópios, a colonização destes por Klebisiella pneumoniae possui índice de quase 5%, enquanto analisando-se as amostras de celulares obtivemos 3,5% de contaminação por E.coli. A bactéria E.coli isolada neste estudo não apresentou resistência a nenhum dos antibióticos, enquanto a amostra de Klebsiella foi resistente a todos os antibióticos testados. Em relação aos questionários, 34,4% dos participantes afirmaram limpar seus telefones moveis diariamente, enquanto apenas 3 participantes (14%) afirmaram higienizar os estetoscópios após cada paciente. Apesar dos índices de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae nos celulares e estetoscópios estudados não serem altos, este estudo aborda uma temática extremamente relevante e colabora com desenvolvimento de possíveis intervenções para redução das infecções nosocomiais.