Perfil Comportamental De Gestantes Atendidas No Centro De Testagem E Aconselhamento Em Município De Fronteira

Abstract

Objetivou-se identificar o perfil comportamental e epidemiológico de gestantes atendidas em Centros de Testagem e Aconselhamento em município de fronteira, entre 2007-2013 e descrever a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Estudo descritivo, documental e retrospectivo, com 905 mulheres. A procura pelo serviço de testagem relacionou-se ao pré-natal. As gestantes eram jovens (20 a 29 anos), casadas ou com união estável, brancas, com até 11 anos de estudo. Verificou-se 1,66% de sorologia positiva para Vírus da Imunodeficiência Humana, 0,44% sífilis, 0,22% hepatite B e C cada. As gestantes apresentaram comportamento de risco relacionado à não utilização de preservativos com seu parceiro fixo e por usar drogas lícitas e ilícitas. Também, 12,6% relataram não usar preservativos por falta de informação. Conclui-se que é fundamental fortalecer ações no contexto das políticas públicas de saúde existentes nas diferentes necessidades de saúde das mulheres, para assim, reduzir o comportamento de risco.

Perfil clínico-socioeconômico e demográfico de pacientes soropositivos para HIV/Aids em região de tríplice fronteira

“…A predominância pode estar relacionada a geografia que a tríplice fronteira apresenta, facilidade de acesso e circulação livre de pessoas entre os países. A facilidade de circulação pode favorecer diversas atividades, dentre elas, as ilícitas, como tráfico de drogas, a prostituição e o transporte de cargas, contribuindo para a transmissão de inúmeras doenças, dentre elas o HIV/Aids, transmitidas por relações sexuais ou pela utilização de drogas (Silva et al, 2017;Barbosa et al, 2016;Conte, 2018). Do ponto de vista clínico, a contagem de células T CD4 + e a quantificação de carga viral são os principais parâmetros utilizados para acompanhamento da progressão da doença e monitoramento do tratamento em pessoas infectadas pelo HIV/Aids (Souza et al, 2020).…”

Fatores de risco para sífilis em mulheres: revisão integrativa

“…Sendo esses fatores: o fato de a mulher ser receptora do ato sexual; a presença de maior quantidade de agentes patogênicos no esperma, do que na secreção vaginal; a liberação de maior quantidade de secreção masculina (5 a 7ml) do que feminina (1 a 3 ml) durante o ato sexual; o uso de contraceptivos orais; a alta prevalência de infecções genitais femininas, que fragilizam a mucosa e facilitam a infecção por agentes patogênicos; imaturidade do aparelho genital; coinfecção de sífilis e HIV. 25,29,30 Do ponto de vista como os artigos apontam a maior susceptibilidade da mulher a infecção pelas ISTs, sob a ótica fisiológica, 25,[29][30] é imprescindível que sejam intensificadas as abordagens do tipo orientações sobre direitos sexuais e reprodutivos com a população. Além disso, é importante salientar que mulheres imunodeprimidas, ou seja, portadoras do HIV/Aids, possam apresentar coinfecção por sífilis, não somente pela susceptibilidade gênero-fisiológica, mas também por apresentar barreiras fisiológicas menos atuantes, ou seja, de certa forma menos eficazes.…”

“…Todos os artigos da pesquisa indicaram pelo menos um fator que relaciona a infecção por sífilis e outras ISTs a questões de vulnerabilidade social como: uso de drogas ilícitas; a baixa adesão ao uso de preservativos; o início precoce da vida sexual; violência física, sexual e/ou doméstica; a ocupação profissional (prostituição); relacionamento com múltiplos parceiros; baixo nível socioeconômico; baixa escolaridade; raça/cor, acesso restrito a métodos de prevenção; o estado em regime prisional; população feminina em situação de rua; questões comportamentais. [16][17][18][19][20][21][22][23][24][25][26][27][28][29][30][31][32] Um estudo, A10, citou a violência, física e sexual, por estranhos ou por parceiros íntimos, como sendo um fator de susceptibilidade a infecção por doenças sexualmente transmissíveis. 25 Já alguns artigos (A1, A2, A3, A4, A5, A8, A10 e A15) ressaltam que alguns países ainda inferiorizam o papel da mulher na sociedade, o que de certo modo agrava a discriminação e as formas de violência de gênero.…”