Este trabalho tem como objetivo analisar as ações do Estado para o desenvolvimento do ensino agrícola no Rio Grande do Norte, bem como a influência das determinações legais nesse processo no período de 1910 a 1967. Para isso, realizou-se mapeamento e análise documental das mensagens dos governadores do Rio Grande do Norte e dos relatórios do Ministério da Agricultura, os quais se constituem como fontes a esta investigação. O recorte temporal justifica-se pelo Plano Geral do Ensino Agronômico de 1910 e a transferência do ensino agrícola para o Ministério da Educação e Cultura. O referencial teórico baseia-se na concepção de educação profissional conforme Manfredi (2003) e na dimensão da história política de acordo com René Rémond (2003) e José D’Assunção Barros (2005). Com a análise, percebeu-se que o ensino agrícola, no período de 1910 a 1967, era definido pelas determinações do Ministério da Agricultura em suas diferentes denominações e organizações ao longo dos anos. E, no Rio Grande do Norte, as principais ações para o desenvolvimento desse ensino foram a implantação da Escola de Agricultura e Criação, o Campo de demonstração de Macaíba, os cursos ambulantes que eram ministrados no Campo, a Escola Agrícola de Jundiaí, o Curso de Especialização para o Serviço do Algodão, as Semanas Ruralistas e cursos e palestras ministrados nas visitas da Inspetoria Agrícola