“…Em termos empíricos, a implicação desse entendimento da dinâmica das representações sociais é que a investigação deve partir de um ponto em que os saberes aparentam ser "fechados" ou "acabados" para a busca, por evidenciar as relações fundamentais que constituem a zona "entre" o indivíduo e a sociedade na formação dos saberes dinâmicos, que compreende o domínio da cultura. Nos estudos organizacionais, o recurso teórico de se voltar para as representações sociais contribuiu para que determinados temas fossem tratados de uma maneira dinâmica, mediante o reconhecimento do papel dos grupos socais no processo de construção do cotidiano organizacional, com destaque para duas ênfases distintas: a) a representação como forma de conhecimento elaborado e partilhado através das manifestações sociais (JAIME JR 2002;CAVEDON;FACHIN, 2002;CAVEDON, 2004;2008;PIMENTEL et al, 2011; SILVA; CARRIERI; JUNQUILHO, 2011) e b) a representação como uma realidade psicológica, afetiva, inserida no comportamento dos indivíduos em face do ambiente social (ANDRADE et al, 2002;CRAMER;SILVA, 2002;CAPELLE, et al, 2004;TOLFO;PICCININI, 2007;CORREA et al, 2007).…”