2016
DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.v25.n45.2294
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Políticas Curriculares De Educação Infantil: Um Olhar Para as Interfaces Entre Gênero, Sexualidade E Escola

Abstract: Experiências que se vinculam a gênero e sexualidade são vivenciadas por crianças pequenas quando sobre elas já são constituídas expectativas com relação às suas identidades sexuais e de gênero. A partir das contribuições dos Estudos Culturais e dos Estudos de Gênero, de viés pós-estruturalista, o presente artigo tem como principais objetivos: 1) problematizar a forma como as questões de gênero e sexualidade sãocolocadas em políticas curriculares propostas para a Educação Infantil; 2) discutir o modo como profe… Show more

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“…Os autores identificaram causas para que haja homofobia no ambiente educacional, sendo elas: falta de: grupos de educadores(as) que lutem pela educação da população LGBT; professores(as) preparados(as) para trabalhar com as diferenças sexuais; construir outras relações de gênero/sexualidades no interior da sala de aula, particularmente nos anos iniciais do ensino fundamental; pedagogia inspirada na interculturalidade; ambiência nas escolas mais favorável ao ensino/aprendizagem sensível e de enfrentamento a homofobia; políticas de identidade e direito às diferenças; ingerência na escola, o que poderia propiciar a re/construção das identidades num processo dinâmico e continuado, invariavelmente interpelado por dispositivos sociais e curriculares; legislações públicas voltadas para a comunidade LGBT, que garantam o acesso e permanência de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, etc. na escola; debate, investigação das relações sociais e da transformação do sujeito devido a inexistência de uma educação sexual fundamentada nas relações humanas; desconstruir a problematização da matriz heteronormativa; investimento em ações paralelas como divulgação das políticas, dos programas e dos equipamentos públicos de subsídio e de direitos a população LGBT; acolhimento da diversidade de formas de viver por parte da escola; de uma frente de luta que envolva professores(as), diretores(as), psicólogos(as), assistentes sociais, funcionários(as) de diversos setores da educação, que tratem das questões que englobem a diversidade sexual; políticas públicas voltadas ao combate das desigualdade e à promoção de ações de integração da população LGBT; criação de ações afirmativas; imperativo ético por parte das instituições educativas, visando a transformação de suas práticas violentas e excludentes; pesquisa dialógica, que traga para o debate acadêmico e para a produção do conhecimento educacional vozes da comunidade LGBT, que são invisibilizadas e não são reconhecidas nesse campo; formação inicial e continuada em gênero e diversidade sexual para gestores(as), docentes e demais profissionais das escolas; inserção das sexualidades não heterossexuais em relações hierárquicas; coerência entre a realidade do cotidiano educacional e as normativas que determinam a escola como gestora da inclusão; valorização das diversidades na escola; professores(as) que produzam dissensos em suas práticas, por meio do seu comprometimento com os direitos humanos, com as lutas históricas dos movimentos feministas e de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros; inclusão das diferenças sexuais; atuação que potencialize as diferenças como realidade relacional e afirmadora da dialogia da vida, em detrimento de discursos monológicos, fundamentalistas e sexistas que intentam estratificar e embrutecer os corpos e a vitalidade do mundo; políticas educacionais que contemplem temas da diversidade; normatização específica sobre a obrigação da escola em abordar as temáticas da diversidade sexual e de gênero; atribuição de argumento de valorização e legitimação da diversidade; inserção atividades que busquem contemplar a diversidade sexual e familiar, nas práticas educativas (Almeida, 2016, Barbosa & Silva, 2016, Cardoso, 2016, Carvalho & Guizzo, 2016, Catelli Junior & Escoura, 2016, Dias et al, 2016, Eugenio & Boaretto, 2016, Franco, 2016, Groff et al, 2016…”
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“…Os autores identificaram causas para que haja homofobia no ambiente educacional, sendo elas: falta de: grupos de educadores(as) que lutem pela educação da população LGBT; professores(as) preparados(as) para trabalhar com as diferenças sexuais; construir outras relações de gênero/sexualidades no interior da sala de aula, particularmente nos anos iniciais do ensino fundamental; pedagogia inspirada na interculturalidade; ambiência nas escolas mais favorável ao ensino/aprendizagem sensível e de enfrentamento a homofobia; políticas de identidade e direito às diferenças; ingerência na escola, o que poderia propiciar a re/construção das identidades num processo dinâmico e continuado, invariavelmente interpelado por dispositivos sociais e curriculares; legislações públicas voltadas para a comunidade LGBT, que garantam o acesso e permanência de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, etc. na escola; debate, investigação das relações sociais e da transformação do sujeito devido a inexistência de uma educação sexual fundamentada nas relações humanas; desconstruir a problematização da matriz heteronormativa; investimento em ações paralelas como divulgação das políticas, dos programas e dos equipamentos públicos de subsídio e de direitos a população LGBT; acolhimento da diversidade de formas de viver por parte da escola; de uma frente de luta que envolva professores(as), diretores(as), psicólogos(as), assistentes sociais, funcionários(as) de diversos setores da educação, que tratem das questões que englobem a diversidade sexual; políticas públicas voltadas ao combate das desigualdade e à promoção de ações de integração da população LGBT; criação de ações afirmativas; imperativo ético por parte das instituições educativas, visando a transformação de suas práticas violentas e excludentes; pesquisa dialógica, que traga para o debate acadêmico e para a produção do conhecimento educacional vozes da comunidade LGBT, que são invisibilizadas e não são reconhecidas nesse campo; formação inicial e continuada em gênero e diversidade sexual para gestores(as), docentes e demais profissionais das escolas; inserção das sexualidades não heterossexuais em relações hierárquicas; coerência entre a realidade do cotidiano educacional e as normativas que determinam a escola como gestora da inclusão; valorização das diversidades na escola; professores(as) que produzam dissensos em suas práticas, por meio do seu comprometimento com os direitos humanos, com as lutas históricas dos movimentos feministas e de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros; inclusão das diferenças sexuais; atuação que potencialize as diferenças como realidade relacional e afirmadora da dialogia da vida, em detrimento de discursos monológicos, fundamentalistas e sexistas que intentam estratificar e embrutecer os corpos e a vitalidade do mundo; políticas educacionais que contemplem temas da diversidade; normatização específica sobre a obrigação da escola em abordar as temáticas da diversidade sexual e de gênero; atribuição de argumento de valorização e legitimação da diversidade; inserção atividades que busquem contemplar a diversidade sexual e familiar, nas práticas educativas (Almeida, 2016, Barbosa & Silva, 2016, Cardoso, 2016, Carvalho & Guizzo, 2016, Catelli Junior & Escoura, 2016, Dias et al, 2016, Eugenio & Boaretto, 2016, Franco, 2016, Groff et al, 2016…”
Section: Resultsunclassified
“…A segunda categoria temática refere-se às publicações que abordam as consequências da homofobia no ambiente educacional. As consequências encontradas pelos estudiosos foram: agressão física, moral e psicológica, segregação, desafios de inclusão, impossibilidade de concluir o ciclo básico de ensino e dessa maneira não chegar a uma instituição de educação superior, desigualdade, discriminação, isolamento, críticas, comentários ofensivos, expulsão, constrangimentos, desrespeito as individualidades, estigmatização da sexualidade não heterossexual, exclusão, impedimento de continuar a desenvolver o conhecimento na escola, inferiorização, opressão, preconceito, dificuldades em conseguir ingressar nas instituições de educação, sensação de que a escola não é lugar para LGBT, insultos, sofrimento, violência física, social e verbal (Barbosa & Silva, 2016, Carvalho & Guizzo, 2016, Catelli Junior & Escoura, 2016, Dias et al, 2016, Franco, 2016, Groff et al, 2016, Moreira, 2016, Oliveira, 2016, Prado & Ribeiro, 2016, Pinho & Pulcino, 2016, Rios et al, 2016, Rossi, 2016, Silva Junior, 2016, Souza, 2016, Vigano, 2016.…”
Section: Resultsunclassified
“…Sendo a instituição escolar compreendida como um espaço fundamental na vida de crianças e adolescentes e na construção de suas identidades, ela tem o dever de possibilitar o acesso às informações sobre direitos e deveres, relações de gênero e sexualidades (ARGENTI; MILANI, 2017). Em outras palavras, um dos objetivos basilares no campo escolar deve ser o preparo dos sujeitos para que se tornem pessoas ativas e críticas, de modo a viabilizar a construção de uma sociedade mais igualitária e diminuir diferenças, como as ligadas à sexualidade e gênero (CARVALHO; GUIZZO, 2016).…”
Section: Frequência De Palavrasunclassified
“…Conforme Carvalho e Guizzo (2016) a sexualidade infantil é negada por muitos/as dos/as professores/as devido uma concepção existente de que criança é e deve ser "inocente". Dessa forma, acredita-se que é necessário abdicar a curiosidade infantil, observar e modelar seus comportamentos, bem como desconsiderar toda e qualquer atividade ou discussão que se vincule à sexualidade, para que assim se mantenha a "inocência" das crianças pelo maior tempo possível (CARVALHO; GUIZZO, 2016).…”
Section: Os Atravessamentos Do Tema Na Educação Infantilunclassified
“…No que se refere à sexualidade, pode-se argumentar que a escola normatiza a sexualidade na medida em que determina a heterossexualidade como norma e a estabelece como a forma saudável e normal de experiência da sexualidade (Carvalho & Guizzo, 2016;César, 2009). Nesse sentido, a escola funciona como uma das máquinas sociais de internalização nos sujeitos, sendo um instrumento de significação e normatização das relações de gênero, da sexualidade em geral, e da homossexualidade, especificamente.…”
Section: Construções De Sentido Sobre a Diversidade Sexual: Outro Olhunclassified