2018
DOI: 10.14393/artc-v20n36-2018-1-01
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Políticas del tiempo, políticas de la historia: ¿quiénes son mis contemporáneos?

Abstract: En este trabajo intento abordar la importancia que posee el análisis del presente para una teoría del tiempo histórico. A tal fi n, abordo la noción de “políticas del tiempo” como actos que realizamos en el presente y que determinan quiénes lo habitan. En primer lugar, intento mostrar cómo en el siglo XIX y, en Occidente, el presente comenzó a ser experimentado como “contemporáneo”. En segundo lugar, discuto los presupuestos que subyacen a esta experiencia de lo contemporáneo y de qué forma produce una discrim… Show more

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“…Esse despojo encontra na escravização de pessoas negras uma instituição das mais bem-sucedidas e perenes. Isso, a nosso ver, gera um deslocamento temporal identitário, fruto dessa matriz colonial: Escravidão E abolicionismo na imPrEnsa minEira do século XiX JácomE ainda que compartilhando do mesmo presente que o "sujeito universal", corpos e mentes racializados parecem, em grande parte dos textos de jornais mineiros oitocentistas, não comungar do mesmo direito do tempo, figurando uma espécie de simultaneidade assíncrona (KOSELLECK, 2006(KOSELLECK, , 2014RIVERA CUSICANQUI, 2015, sem direito a passado ou a futuro, relegados a uma condição de não contemporâneos (MUDROVCIC, 2018). Por isso, há uma necessidade de revisitar esses passados e de entendê-los como uma experiência viva de presentes, histórias e futuros negados e/ou vividos.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Esse despojo encontra na escravização de pessoas negras uma instituição das mais bem-sucedidas e perenes. Isso, a nosso ver, gera um deslocamento temporal identitário, fruto dessa matriz colonial: Escravidão E abolicionismo na imPrEnsa minEira do século XiX JácomE ainda que compartilhando do mesmo presente que o "sujeito universal", corpos e mentes racializados parecem, em grande parte dos textos de jornais mineiros oitocentistas, não comungar do mesmo direito do tempo, figurando uma espécie de simultaneidade assíncrona (KOSELLECK, 2006(KOSELLECK, , 2014RIVERA CUSICANQUI, 2015, sem direito a passado ou a futuro, relegados a uma condição de não contemporâneos (MUDROVCIC, 2018). Por isso, há uma necessidade de revisitar esses passados e de entendê-los como uma experiência viva de presentes, histórias e futuros negados e/ou vividos.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Há, diferente da ideia de legado e de devir, o manejo do tempo como um ordenador essencialmente político e pelo qual Mudrovic (2018) destaca atenção ao depreender que a experiência do tempo entranha-se na vida política. A delimitação de Mestres da Cultura é uma política do tempo que se faz em colonialidade na medida em que demarca pertencentes e diferentes e, nestas alcunhas, posiciona-os no tempo sob signos identitários.…”
Section: Colonialidades Praticadas Na Demarcação Da Tradiçãounclassified
“…As experiências trágicas do século XX e seus inúmeros horrores reforçaram a convicção de que o tempo progressista, linear e homogêneo de uma certa configuração intelectual que definia o passado como um "outro" (BEVERNAGE, 2021) não conseguia mais explicar as formas contemporâneas de experiência temporal, tensionadas pela emergência de um cronótopo presentista e pelas configurações de uma paisagem social cada vez mais marcada pelo fenômeno da aceleração (HARTOG, 2013;ROSA, 2019;TURIN, 2019). Os debates suscitados pela emergência de uma consciência acerca da pluralização dos tempos históricos levaram os historiadores a reconsiderarem como as culturas distinguem o passado do presente e os gestos performativos que presidem essa distinção (BEVERNAGE; LORENZ, 2013;MUDROVCIC, 2018;VALDERRAMA, 2011 Essas proposições sugerem, desse modo, a politização do tempo histórico, pois, de acordo com as palavras de Fernando Nicolazzi (2019, p. 218), "ao falarmos do tempo, estamos também agindo a partir de uma política da temporalidade, uma vez que tendemos a projetar nosso próprio conceito de tempo como entidade universal, subsumindo, assim, as outras experiências temporais em uma forma de hegemônica de historicidade". A sobrevivência disciplinar da história dependeria cada vez mais de sua capacidade de examinar criticamente os postulados pelos quais eram definidos a natureza passadista das experiências temporais e os próprios instrumentos do seu estudo.…”
Section: Rumo à (In)disciplinarização?unclassified