“…Existe, portanto, uma fragilidade da escola quanto à diminuição das desigualdades: os critérios de avaliação, no interior das escolas, são baseados, na maioria das vezes, em conhecimentos e habilidades com os quais os estudantes provenientes de famílias economicamente bem-sucedidas já são familiarizados. Uma das estratégias apontadas por Rohling e Valle (2016), para promover uma justiça escolar mais fiável, passa por, primeiramente, cada indivíduo ter um direito igual ao mais abrangente sistema educacional, que seja compatível com uma prática similar de educação para todos; em segundo lugar, essas desigualdades devem ser dispostas de modo que se estabeleça o máximo benefício possível dos menos favorecidos e, por fim, as políticas educativas devem se vincular a cargos e posições abertos a todos de forma igualitária e equitativa de oportunidades escolares, através de uma aproximação dos organismos públicos no combate às desigualdades sociais, que são responsáveis por criar, gerir e gerenciar políticas públicas que atenuem as diferenças sociais presentes no interior da sociedade, no que se refere ao acesso e usufruto da educação como um bem primário (Rohling & Valle, 2016). No seu estudo, Santos (2012) apontou a atribuição de Bolsas de Mérito, baseadas na atribuição de apoios monetários a estudantes com médias escolares iguais ou superiores a 4 valores, no ensino básico, e iguais ou superiores a 14 valores, no ensino secundário, como um mecanismo de apoio socioeconómico, que tem promovido a motivação para o prosseguimento dos estudos dos jovens.…”