O objetivo deste estudo é discutir sobre as perdas e danos no envelhecimento. Busca-se articular a morte e o morrer às intersubjetivações implicadas na elaboração do luto na senescência, com foco na promoção da saúde do idoso. Trata-se de uma revisão da literatura, com abordagem qualitativa. Os dados foram levantados por meio de buscas de artigos científicos nas bases de dados SciELO, LILACS, BVS e PubMed. Os resultados apontam que para além dos fatores biopsicossociais, as perdas e danos para os gerontes são atravessadas pelas concepções de finitude e morte culturalmente imbricadas ao envelhecimento, podendo complicar a elaboração do luto no idoso e o seu bem-estar. São discursos que se repetem reafirmando ao idoso a cultura do corpo frágil, improdutivo e simbolicamente representativo da fase final da vida. Assim, considerar as concepções de morte no Ocidente e as implicações nas produções do envelhecimento é, antes de tudo, um convite para pensarmos o “envelhe(ser)” no Ocidente como a morte da vida, e o “ser velho” no Ocidente como uma vida de mortes, sinalizando, assim, para a necessidade de mudanças de atitudes culturais. Nessa senda, discutir as concepções de morte no Ocidente, articulando às subjetivações dos gerontes é fundamental para a compreensão das subjetivações de morte e as implicações do luto para a saúde e o bem-estar do idoso. No mais, chama-se a atenção para que o debate acerca do luto em pessoas idosas seja aprofundado em pesquisas futuras.