ResumoReconhecida e estimulada mundialmente como política de inclusão e cidadania, a educação financeira vem sendo impulsionada e promovida por instituições financeiras, a exemplo da Estratégia Nacional de Educação Financeira, no caso brasileiro, com objetivos desalinhados e desarticulados com uma proposta escolar que considere a sustentabilidade. Verificamos como investigadores da Educação entendem, definem ou concebem as contribuições da educação financeira nos três pilares do desenvolvimento sustentável - econômico, social e ambiental, defendidos por pesquisadores como D’Ambrosio, Sachs e Dowbor. A importância do tema e de sua implementação nos levaram à uma pesquisa bibliográfica sobre propostas de educação financeira. A investigação foi levada a efeito por meio de uma revisão sistemática de literatura nas bases SCOPUS, Web of Science e ERIC do portal de periódicos da Capes, a partir de 2015, ano do estabelecimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Organização das Nações Unidas. Foram identificados dois artigos voltados para o pilar econômico, um para o social e um para o ambiental. A educação financeira vem sendo principalmente promovida por organismos internacionais, governos e sistemas financeiros com potencial de promover o desenvolvimento e a estabilidade financeira, aumento de poupança, fortalecimento do sistema previdenciário e sistema financeiro nacional. Ela é percebida como um meio para a redução das desigualdades sociais e transferência de responsabilidades do Estado para os indivíduos. Apesar de sua importância, a discussão no meio científico sobre o papel da educação financeira para promoção do desenvolvimento sustentável, ainda é tímida e incipiente, sobretudo na preservação ambiental.
Palavras-chave: Educação Financeira. Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental. Desenvolvimento Sustentável. Desenvolvimento Pleno.
AbstractRecognized and encouraged worldwide as a policy of inclusion and citizenship, financial education has been driven and promoted by financial institutions, such as the National Strategy for Financial Education, in the case of Brazil, with objectives that are out of alignment and are not articulated with a school proposal that considers sustainability. We verify how Education researchers understand, define, or conceive the contributions of financial education in the three pillars of sustainable development - economic, social, and environmental, defended by researchers such as D’Ambrosio, Sachs, and Dowbor. The importance of the theme and its implementation led us to bibliographical research on financial education proposals. The investigation was carried out through a systematic literature review in the SCOPUS, Web of Science, and ERIC databases of the Capes journal portal, from 2015 on, the year in which United Nations established the Sustainable Development Goals (SDG). We identified two papers focused on the economic pillar, one on the social and one on the environmental. Financial education has been mainly promoted by international organizations, governments, and financial systems with the potential to promote development and financial stability, increase savings, strengthen the social security system and the national financial system. It is perceived as a means to reduce social inequalities and transfer responsibilities from the State to individuals. Despite its importance, the discussion in the scientific community about the role of financial education in promoting sustainable development is still timid and incipient, especially in terms of environmental preservation.
Keywords: Financial Education. Economic, Social, and Environmental Development. Sustainable Development. Full Development.