Objetivo: analisar a associação das ações dos componentes I (com ações de avaliação clínica e psicossocial) e II (com ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos) do Programa Saúde na Escola com a sua localização territorial, categoria e qualificação profissional.
Materiais e métodos: trata-se de estudo transversal, normativo e de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada entre maio e julho de 2017 com instrumento construído com base nas normatizações do programa. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva e inferencial (teste exato de Fisher) com o auxílio de um software estatístico e social.
Resultados: 84,8 % dos participantes eram do sexo feminino e com tempo médio de atuação de 7,2 anos no Programa Saúde na Escola. As ações mais frequentes foram avaliação da saúde bucal (50,5 %), avaliação antropométrica (39 %) e avaliação da situação vacinal (35,2 %). Houve associação das ações desenvolvidas com a localização territorial (p = < 0,05), a categoria profissional (p = < 0,040) e a qualificação profissional (p = 0,001).
Conclusões: as ações do Programa Saúde na Escola mais frequentemente desenvolvidas são relacionadas ao componente de avaliação clínica. Elas são executadas a partir das necessidades territoriais, influenciadas pelos profisisonais da saúde, e são pautadas pela gestão do programa. É oportuno utilizar esses achados para readequar a oferta das ações do Programa Saúde na Escola.